sexta-feira, 27 de março de 2009

Desinfeliz de Hoje: O jornaleco

Gente, existe bicho mais deselegantemente desinfeliz que o cueca-vagabundo? Não digo aqueles clássicos, estilo Charles Chaplin ou mesmo aqueles com jeitinho cafajeste, que de alguma forma irracional nos provoca certa simpatia. Me refiro aos Vagabundos profissionais, com V maiúsculo, algo além de uma simples e insignificante forma de viver. Aqueles que vêem na malemolência uma espécie de religião. E das mais preconceituosas, onde os não seguidores são quase seres do inferno. Aliás, eles merecem até nosso costumeiro e novato jargão: “INFERRRNO DE GENTE!”.
Bom, creio que vocês já identificaram o tipo. Porém, para nosso destempero, existem os que ousam, além de verbalizar, imprimir suas ladainhas em um jornaleco de zil categoria, se é que se pode classificar nisso, que não serve nem para pôr debaixo da terra de meu gato.
Um desses tablóidezinhos com sujeitinhos aspirantes a paparazzos de porta de cadeia e briga de puta por ponto, que gastam árvores e árvores com matérias ‘CTRL+C e CTRL V’ de emails de lendas urbanas, piadas desgraçadas e fotos e mais fotos de caboclo com as tripas de fora e presuntos em geral.
Reconheço que cada um tem sua escolha. Se esses indivíduos optaram por essa ‘profissão’ e existem leitores desavisados para isso, fodam-se! Mas não se metam a querer falar de assuntos um pouco mais complexos. A verdade e o bom senso não estão nos aguardando em nossas caixas de mensagens.
Se a água começou a bater na bunda, seus cabelos começaram a cair, a barriga a comichar e vocês começaram a sacar que é legal ter uma profissão real, vão nessa, galera, ainda dá tempo de muita coisa. Mas não venham falar, pensar, muito menos vomitar letras impressas sobre a minha profissão.
Ela não foi achada debaixo da caixa de terra do gato ou embrulhada em cachos de banana. Ela foi obtida através de muitos anos de leitura técnica e chata, perdas de sono, disparates nervosos, filhos carentes, noites de frio, calor e com chuvas de besouros! Foram leituras de livros que me imprimiram mais letras do que todos os exemplares de todas as edições de seu inútil passatempo.
Acordamos cedo, trabalhamos muito e dormimos bem tarde. Talvez, por isso, não havíamos percebidos vocês antes. Esgueirados como cegonhas (ou castores?), quando observam o buraco de um rato, vocês são incapazes de farejar a sua caça e de obtê-la, mas sabem como se esconder nas frestas das portas até adentrar sorrateiramente nos setores públicos e tirar suas impressões venenosas para publicá-las, com os cotovelos latejando.

É, não contávamos com sua astúcia, portanto, o título de “Desinfeliz” de hoje vai honrosamente a vocês. Sem aplausos, galera.

PS. Eu assino e o que eu escrevo CORRESPONDE a opinião do blog sim.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Dicas de Grátis

Imagem meramente ilustrativa

Episódio de hoje: Ops, caiu!

O que os homens devem fazer quando dão aquela brochada? A única coisa que eu tenho a dizer é calma, relaxa! (não vou dizer relaxa e goza até porque não dá, né? Kkkkkkk). Bom, brincadeiras maldosas à parte, de fato, queridos cuecas, a única saída para esta triste situação é encará-la com calma, humor e paciência. Eu sei que deve ser muito, mas muito difícil passar por isso (graças a Deus a gente não passa, né, garotas?), deve dar a sensação de que você é o último dos homens, deve dar vontade de abrir um buraco na terra, etc, mas, sem dramas, de certo modo, é uma coisa natural.
Ou vocês pensam que a gente por acaso curte quando vocês, digamos, não funcionam direito? Claro que não!!! Além de não conseguir o que queremos, a gente fica com aquela noiazinha na cabeça, pensando no que, diabos, fizemos de errado, poxa! Será que não estou tão gostosa assim? E saibam que nós também brochamos. Algumas vezes até por preguiça. Ou vocês acreditam mesmo na versão 'dor de cabeça'? Aff...
Bom, enfim... para não criar uma situação (ainda mais) constrangedora, eis alguns conselhos que servirão para toda a sua vida!
Em primeiro lugar, encare a situação com leveza e elegância. Bom humor nessas horas é tiro e queda! Nada mais encantador do que um homem que sabe lidar com suas fraquezas e rir de si mesmo! Isso mesmo, não leve tão a sério uma simples brochadinha. E, por favor, não venha com aquela frase-clichê do “isso nunca me aconteceu antes”. Além de beirar o ridículo (porque quase sempre é mentira) sabe qual o efeito dessa fala? NENHUM. Isso mesmo. O que adianta isso nunca ter acontecido antes se está acontecendo AGORA? É a mesma coisa que derrubar café na camisa de alguém e dizer: ‘olha, nunca fiz isso antes!”. Ou seja, se for pra falar bobagem, melhor mesmo é ficar quieto.
Outra coisa: não se faça de vítima. Eu sei que a mulherada tem um vasto instinto maternal, mas dar uma de bebê chorão numa situação destas é ridículo. Agora nunca, jamais, em tempo algum, fique agressivo, nervosinho, botando a culpa do acontecido na parceira. Isso nunca!!! Conheço uns cuecas-borradas que simplesmente não conseguiram fazer a sua coisa e tiveram o desplante de virar a cara pra moçoila que presenciou o ocorrido! E sabe o que eles ganharam com isso? O ódio eterno feminino (muito grave isso) e uma fama de BROCHA que os acompanhará para a vida toda, porque uma moça contrariada apela pra arma mais mortal de todas – a fofoca! Bem feito!
Portanto, caros cuecas, se, por acaso, isso acontecer... relax. Convide a moça para uma nova “tentativa”, em um dia mais calmo, com um clima legal, de leve. Pode ter certeza que você vai reverter a situação e vai proporcioná-la uma noite “daquelas”! Talvez você consiga a proeza no mesmo dia, depois de alguma conversa e, bem, o resto você já sabe...vai ganhar a garota, provar pra você mesmo que é “homem-macho-sim-senhor” e ficar feliz da vida. A brochadinha inconveniente cairá no esquecimento de ambos.
Se precisar apelar pra remedinhos azuis ou afins, o faça. Mas procure um médico antes, ok? Na maioria das vezes esse problema reside só na sua cabeça mesmo. Na de cima, tá?

Angels

sexta-feira, 20 de março de 2009

Polícia para quem precisa?

Pais usam máscaras para depor à CPI da Pedofilia em Catanduva
Eles denunciaram omissão de autoridades públicas da cidade. CPI vai ouvir acusados nesta quarta-feira.
"Com máscaras pretas sobre os rostos e protegidos por jaquetas da Polícia Militar, o pai e mãe de crianças que sofreram abusos sexuais em Catanduva, no interior de São Paulo, relataram à CPI da Pedofilia, nesta quarta-feira (18), que não foram atendidos pela Polícia Civil e pelo Conselho Tutelar da cidade quando procuraram as autoridades para fazer denúncias. "Fui à Delegacia da Mulher e, por incrível que pareça, fui muito mal recebida. A delegada disse que é normal", afirmou uma das mães".

Esse post poderia ter sido apenas mais um da sessão “Notícias que me emputece”. Poderia, se eu não resolvesse enfiar a mão no cacho de abelhas.
Pela nãoseimaisquantasvezes roubaram a minha casa. Geralmente, me levavam tudo o que havia no quintal, mas agora começaram a abusar. Numa certa ocasião, tentaram arrombar a porta, comigo dentro da casa. Creio que se assustaram – é eu tinha acabado de acordar – e vazaram. Como não ando armada optei pelo procedimento dito correto: liguei 190. Não fui visitada. A figura me disse pra trancar a porta. Aff... Ontem, cheguei em casa com minha garotinha de 8 anos e constatamos que haviam arrombado a tal porta. Apavorada e esperançosa liguei para nossos grandes heróis. Simplesmente se recusaram em, pelo menos, passar pela minha rua. Minha garotinha aos prantos voltou a ligar. Eles desligaram o telefone na cara dela. PUTAQUEOSPARIU! Tivemos que vazar de nossa casa porque os bonitos não estavam afins de trampar. Se eu estivesse fumando um baseadinho na varanda era perigoso ir até o helicóptero Águia me visitar. O cômico é que não levaram nada e nem deixaram deizão. Minha TV é da era proterozóica, não tenho aparelhos eletrônicos, a não ser meu computador e minha chapinha. Ai se roubam a minha chapinha!!! Abriria a CPI da Chapa. Não, chapa não pode. Se tem chapação no lance, os ómi leva. Mas se minha CPI se basear na CPI da Pedofilia, era possível sumir a gata e o cachorro para não serem testemunhas, a delegada entregaria o ouro e avisaria o ladrão para esconder a chapa e ir a julgamento de cachinhos e ouvir um belo e sonoro: “Isso é normal”
Enfim, é essa a imagem que minha garota terá sobre a PM: “Nunca conte com ela”. Isso está se tornando ‘normal’.

Se eu fosse você...

Eu adoro ser mulher (tá, às vezes é chato, mas, em geral, eu adoro), principalmente pelo fato de que meus pretês são ELES, os homens! Eita coisa boa! Mas, sinceramente, tem horas que me irrito profundamente em ser mulher... às vezes tenho uma invejinha do gênero masculino, que selecionei aqui alguns fatos e situações que me fazem ter muita, mas muita vontade de ter nascido homem às vezes. Se você é uma calcinha, há de concordar comigo. Se é um cueca, enjoy your life!
Ao trabalho... eu tenho vontade de ser homem às vezes porque eles....

NÃO PRECISAM SE DEPILAR – nem acho tão dolorido assim se depilar. Para as que acham, existe sempre a possibilidade da gillete. Mas patacapareo, que coisa chata! É demorado, encrava, faz sujeira, para, uma semana depois, ficar tudo peludo do mesmo jeito! E pior, já percebeu que os pêlos aparecem bem naquele dia que JAMAIS poderiam estar lá? (usem sua imaginação à vontade). Tá, aí você me diz: “mas os homens precisam fazer a barba todo dia!”. Concordo, deve ser até chatinho. Mas não dói, é uma área bem menor do que pernas, virilha, axila, etc, etc, e tem outra... homem com a barba por fazer é MARA, toda mulher A-D-O-R-A!!! Mas por acaso você já ouviu algum homem dizer: “Saí com a Fulana ontem... ela tava com a perna por fazer... delícia!”. Não, né?

NÃO VIVEM (OU TENTAM VIVER) DE DIETA – você pode ter o biotipo que tiver, se você for uma calcinha, com certeza, você já fez, está fazendo ou fará uma dieta! Se não fosse assim não teria tanta gente (médico, nutricionista, revista, farmacêuticos etc.) ganhando dinheiro com isso. É um inferno!!! Porque quando você não está de dieta, se sente culpada... mas quando você está de dieta, sente fome e passa vontade! Os homens? Ah, para vai... homens têm uma propensão incrível ao consumo de (deliciosas) porcarias engordantes. E pior... emagrecem com uma facilidade incrível! É só ficarem 3 dias sem choppinho e fazendo academia que perdem aqueles 3 kg que você, calcinha, está levando 5 meses pra perder se matando de fome! Ódio!!!

PODEM BEBER À VONTADE - Ok, todo mundo ou quase todo mundo pode beber à vontade. Mas os homens bebem e dificilmente fazem feio. Já nós bebemos e ficamos parecendo um bonecão de posto, além, é claro, dos comentários maldozinhos do tipo: “que coisa feia uma mulher beber daquele jeito”... Ou seja, até pra afogar as mágoas ELES levam vantagem!

PODEM MIJAR EM QUALQUER LUGAR – Isso me dá muita, mas muita vontade de ser homem mesmo! Sabe por que?
Diferença entre o xixi para homens e mulheres:

Mulheres : mulher apertada sai da balada acompanhada de duas amigas “idem”. A que dirige calcula friamente seus movimentos pra não fazer xixi na calça. As que estão de passageiro gritam, desesperadas “Peloamordedeus”, vai rápido que tô quase mijando!”. A motorista quase bate o carro. Param em um lugar ermo e perigoso...olham para os lados...a primeira toma a iniciativa, se agacha e faz. As demais tentam o mesmo, em vão. Uma declara: “não consigo!”. As amigas se solidarizam e voltam para o carro. No momento em que levantam as calças um farol de carro bate diretamente no popozão branco, causando vexame. Voltam para o carro. Buscam alucinadamente um lugar onde tenha um banheiro, uma privada e um mínimo de privacidade. Param em um buteco de má clientela. Sob os olhares dos estranhos, adentram o estabelecimento e encontram um banheiro. As condições de higiene do local não permitem nem que se coloque a mão nos azulejos. A primeira corajosa se agacha, abaixa as calças (pouco abaixadas, para não encostarem no chão) e mira. As demais seguram seus braços para que ela não caia. Depois de muito esforço (e dor no joelho), todas as amigas conseguem, finalmente, resolver seu problema. Missão cumprida. Peraí, mas cadê o papel higiênico?

Homens: homem sai da balada apertado. Olha o primeiro muro que esteja na sua frente, mija e sai.

USAM CUECA: os cuecas usam cueca. E isso é ótimo, porque não existe nada mais confortável. E falo isso por conhecimento de causa, porque uma vez infernizei meu irmão até ele me emprestar uma cueca pra eu experimentar. E olha, é uma delícia! As mulheres, por sua vez, para agradarem seus cuecas compram calcinhas mínimas e apertantes, cuja aparência bonita é inversamente proporcional ao conforto. Além do mais, um homem nunca precisa ter o trabalho de escolher uma cueca. Ele pega a primeira limpa e seca que encontrar na gaveta. Ou por acaso você já viu algum deles dizer que não vai usar cueca preta porque “marca a roupa”?

NÃO TEM TPM: Eu sei que nem todas as calcinhas do mundo têm TPM... sorte destas, porque eu tenho, e como tenho! E juro que não é frescura, é horrível mesmo! Imagina que maravilha não sentir vontade de chorar assistindo A Turma do Didi, não ter vontade de bater na vizinha porque ela colocou o carro embaixo da sua árvore, não gritar pra mãe, namorado, irmão ou qualquer outro desavisado que esteja perto “EU NÂO TÔ DE MAL HUMOR”, não querer comer todo o chocolate existente no mundo, não se sentir indisposto o dia inteiro com dor de cabeça, dor no útero, nas costas, etc, enfim, ter o humor sempre constante e impressionantemente inalterado. Ah, isso sim é que é o céu!

PODEM LIGAR NO DIA SEGUINTE E CORRER ATRÁS SE ESTIVEREM INTERESSADOS: nós, mulheres, passamos por uma provação. Toda vez que estamos a fim de alguém, surge aquela dúvida: eu falo pro cara? Eu ligo? Eu dou uma de difícil? Esse assunto até já foi tema de um post anterior. Os homens não têm essa preocupação. Quando eles estão a fim e querem que role alguma coisa simplesmente ligam, aparecem na nossa frente, falam na cara o que querem, mandam flores (cada um tem um estilo), simples assim. Eles não passam vontade. Não ficam de devaneio pensando no “se”, esperando, insinuando. Vão lá e abrem o jogo. Tão prático e tão bom! Taí uma convenção social que depois de anos de liberação feminina ainda não foi quebrada. Salvo alguns casos raros de mulheres que tomam a frente, porém essas costumam assustar os cuecas-borradas.

PODEM RONCAR: Roncar é um ato involuntário que alguns praticam, outros não. Mas não parece. Uma mulher que ronca (confesso que faço parte dessa categoria) é sempre mal vista. Soa masculino, esquisito, assustador. Um homem que ronca é simplesmente um homem que ronca. Chega até a ser redundante.

NÃO PRECISAM PINTAR O CABELO: Eles até podem, mas não precisam. Até porque homem de cabelo grisalho é um charme, enquanto mulher de cabelo grisalho é uma senhora (que legal). E pintar cabelo é outra tarefa chata. Que tem que ser repetida todo mês, porque se aparecer uma raiz branca ou de outra cor, o resultado é pior do que o grisalhinho... Aliás, nem sei por que os homens acabam ficando com cabelos brancos, que preocupação eles tem na vida, me diz?

PODEM FAZER (MUITO) SEXO INFORMAL – Todo mundo já sabe que homem galinha pega bem, mas que mulher galinha... bem, é galinha mesmo. Por mais que uma mulher faça, não admite pra qualquer um que vai pra cama com todo mundo. Mas os homens adoram contar pra todos os seus amiguinhos as suas peripécias sexuais. Contam até demais, aumentam um pouco, mas enfim, eles podem fazer o que quiserem. Nunca vão ficar “mal-falados”, com o filme queimado, muito pelo contrário. Injustiça da grossa essa!

HOMENS NÃO TÊM TANTOS PROBLEMAS INTESTINAIS – Por que você acha que propagandas de Activia e similares são sempre destinadas às mulheres? É, a gente tem um sério problema com cocô. A gente é tão fresca que sei lá, não consegue lidar com uma coisa tão nojenta, não sei. Os especialistas dizem que as mulheres tem maiores problemas intestinais porque seguram a vontade de usar o banheiro por vergonha. Eles, por sua vez, cagam acintosamente em qualquer lugar, sem critério nenhum de higiene ou conforto e saem desavergonhadamente ostentando um rastro de odor que não deixa dúvidas. Mas não ligam nem um pouco se o resto do mundo percebeu que fizeram caca... aliás, por que deveriam ligar né? Todo mundo faz!

NÃO ACORDAM COM MAQUIAGEM BORRADA – Só o fato de não precisar fazer maquiagem já é um bom começo, né? Porque tem horas que nem dá vontade de passar batom na gente. E o melhor de tudo. Eles não acordam com os famosos “olhos de panda”. Olha que ótimo! Além de não foderem com a sua pele, ainda não correm o risco de espantar a eventual “pessoa” que esteja acordando do seu lado.

NÃO TÊM CELULITE E/OU ESTRIA – Essa é talvez a mais invejada das vantagens masculinas! Pernas e bumbum durinhos, nem um furinho pra esconder, não precisar gastar horrores com cremes e drenagem linfática que não funcionam mesmo... um céu! Maldita propensão masculina à boa forma, viu?

Enfim, dentre outras coisas, esses são os principais motivos da minha inveja da cuecaria. Em resumo, os homens são mais tranquilos, não perdem tempo com tanta picuinha, não se preocupam tanto com aparência, fazem mais o que têm vontade (isso parece definição de bichinhos irracionais, né? Maaas... agora já não dá pra mudar, né? Nem pensar em cirurgia de mudança de sexo, meninas!!! O jeito é relaxar, aproveitar, continuar convivendo com as coisas chatas de ser mulherzinha e tirar DELES, dos nossos queridos cuecas, o que eles têm de melhor. Adivinha o quê?
Angels

terça-feira, 17 de março de 2009

Dicas de Grátis

A partir de hoje vamos começar uma sessão inédita neste blog tão escasso de atualizações. Ou seja, fazemos tudo pra ter assunto.
Com vocês (tambores) a sessão "Dicas de Grátis"! (\aplausos)
Trata-se de pequenos toques para nossos queridos cuecas que insistem em se manter desavisados e nos proporcionam momentos de derrubar a auto estima.
Episódio de hoje: O indefinível dia seguinte.
A garota lá naquela animação, chopps, flertes e olhos convidativos e... bingo! Leva a figura pra casa. Cumpre o protocolo e apaga.
Quando a garota acorda, estica languidamente o braço em direção ao traveseiro vizinho e o que encontra??? Nada, apenas o traveseiro mesmo e, se muito, com fronhas. A mente calcinha pensa: "Onde foi que eu errei?". Nós balzaks mais noiadas não. Pensamos que o cara deve ter acordado no meio da noite, com gosto de balcão de boteco na boca e pensou: "Putz, como vim parar aqui?! E... quem é essa pessoa?" e vaza sorrateiramente.
FRUTAQUEOPARIU! Nem pra deixar um cafezinho preto coando!
Dica de Grátis:
Queridos cuecas, não vou nem ficar resmungando o lance do telefonema com bombons e flores no dia seguinte, mas pelo menos um "Falô calcinha-que-não-me-lembro".
Tenho uns amigos mais espertinhos, do tipo que deixam o café, com alguma florzinha roubada e um bilhetinho fofo, citando apelidinhos carinhosos, pois não faz ideia do nome da coitada. Claro, ele sabe que voltará ao mesmo bar e que corre o risco de querer pegar a mesma. Façam pelo menos isso, cuecas! Isso aprimora seu dom natural de mentir, assim como exercita nosso dom natural de tentar acreditar.
Alguns outros amigos, que responderam à pesquisa, disseram que ficam constrangidos por causa do bafo e do restante acabado do dia anterior. Meu bem, não estaremos mais como na noite anterior também, nossos olhos também já estarão pandas, devido ao rímel derramado. Vá ao banheiro, use e abuse do creme dental, listerine, sabonete, xampus e afins. Pode ser até que consiga sessões extras de exercícios deliciosos matinais, além de garantir outras noites de visita. Se a garota não vale a pena, você tem duas opções: ou você manguaça menos ou chuta no primeiro chopp, é uma atitude muito mais razoável.
A dica tá dada. Embora seja gratuita, aceitamos doações de litros de chopp e listerine.
Balzaks

OS QUERERES

Eu queria não ver crianças pedindo esmola na rua, mas, acima de tudo, eu queria que as mães destas crianças usassem camisinha.
Eu queria que nenhum cachorro, gato, papagaio, leão de circo, ou qualquer outro animal fosse maltratado.
Eu queria ter tempo pra ver as borboletas que passam pela janela do meu quarto, que quase sempre fica fechada.
Eu queria que todo brasileiro lesse pelo menos uns 10 livros por ano.
Eu queria fazer um clube do livro com meus amigos, pra poder discutir e trocar idéias sobre mais de 10 livros por anos que a gente lesse (já tentei, nunca deu certo).
Eu queria que as minhas roupas caíssem tão bem em mim quanto caem meus sapatos.
Eu queria que todo mundo entendesse que reciclar o lixo e economizar água não é uma moda, mas sim uma necessidade.
Eu queria que meus futuros filhos tivessem orgulho de mim.
Eu queria comer bala de goma todos os dias, sem pensar em calorias ou numa futura diabetes.
Eu queria ensinar a alguém o pouco que aprendi.
Eu queria que o final de semana tivesse uns quatro dias pelo menos.
Eu queria que meu time ganhasse todos os campeonatos, mas, sobretudo, eu queria que nenhum torcedor do meu time ou de outro morresse ou se ferisse por causa disso.
Eu queria ser uma mosquinha pra escutar o que os outros falam de mim.
Eu queria afastar pensamentos ruins na hora de dormir.
Eu queria que nenhuma atendente de telemarketing me ligasse quando estou em casa à toa, e principalmente, que não me ligasse quando estou ocupada ou tomando banho.
Eu queria que o dinheiro fosse para todos um sinônimo de prazer e nunca de guerra ou corrupção.
Eu queria ter somente o dinheiro que necessito, com direito a algumas futilidades.
Eu queria que ninguém tivesse que chegar ao extremo de praticar um aborto.
Eu queria que minha mãe nunca morresse.
Eu queria que um cara maravilhoso dissesse que realmente gosta de mim.
Eu queria ser esperta o suficiente pra reconhecer esse cara.
Eu queria poder viajar pro lugar que me desse na cabeça e poder voltar pra casa quando eu quisesse.
Eu queria que o voto no Brasil não fosse obrigatório.
Eu queria que só fossem pais e mães aqueles que realmente tenham capacidade pra isso.
Eu queria que meu cabelo fosse bom todos os dias.
Eu queria poder encontrar minha avó, que já não está mais aqui, pelo menos mais uma vez e sentir seu cheiro de café com forno à lenha.
Enfim, eu queria que querer fosse poder.

Angels

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quer andar de carro velho, amor? (2)

No capítulo anterior, falamos das traquinagens de minha primeira lata velha, Penélope Charmosa, e sobre a promessa de nunca mais adquirir outra bucha dessas. Mas a vida continuou depois disso...
Após vendê-la por um preço de banana amassada, tive a inconveniente ideia de quebrar os dois pés. Sim, os dois, porque se tivesse quatro, quebraria os quatro! Tive que abandonar meu companheiro tênis - cujo apelido carinhoso é Êxtase, por me dar mó gás - e me contentar com o calorento gesso. E ao me reconciliar com Êxtase não pude retomar minhas caminhadas diárias até me recuperar totalmente.
Foi então que tive a infeliz idéia de passar meus óculos pelos classificados e ter o grande achado: uma parati filézona e por um preço que não complicaria muitos anos da minha vida. Lá vai balzack de novo enfiar o pé na jaca!
Fiz um empréstimo bancário e fui buscá-la, toda feliz e não saltitante. Seu nome: Zoraide, em homenagem a alguma personagem de novela com esse nome. No começo foi difícil dirigi-la, não tinha suas manhas, então, só arrisquei-me a sair para passear no domingo com a família em seu novo carango. Que alegria! O vento batia em nossos cabelos e acariciava nossos sorrisos. Já fazíamos planos pra muitos acampamentos e passeios. Já me via levando altas multas devido à lei seca. Nem tinha beudômetro aqui na city ainda e meus amigos juravam que eu iria estréia-los quando chegassem e não correria o risco de pegar baba de ninguém.
Na manhã seguinte, com uma ligeira ressaca, vejo aquela manhã linda no pântano: são 7:45h. Que bom, não me atrasarei, pois agora tenho quem me leve. Entro posuda, introduzo a chave, giro e nada. Ah! - me lembro - tenho que injetar gasolina e puxar o afogador! E... nada. Tento de novo umas dez vezes e nada. Já estou atrasada, vambora de moto-táxi fula da vida. Tentei por uns 3 dias, até que chamo o antigo proprietário para ver se não sou eu a anta. Ele num vai. Chamo o mecânico que deu seu aval sobre o carro. Ele num vai. Já fico mais puta do que nunca. Levo em outro mecânico e recebo a notícia fatílica: fundiu o motor. Tento negociar e devolver o carro para o doce e simpático senhor ex-proprietário. PUTAQUEOSPARIU! Caí na saga do bom velhinho. Bom velhinho o baralho! É apenas sacana há mais tempo. Recorri à ‘justiça’. Na audiência, o ser aparece com uma cara de 'abandonado pela mãe, violentado pelo pai e apanhado dos irmãos por causa de mistura', de dar vontade de chorar na gente. E eu lá, toda dona da razão e de comprovantes a meu favor. Perdi a causa. A juíza também caiu na saga do bom velhinho e alegou que eu comprei a lata sabendo que tava fudida.
Gastei uma pequena fortuna em seu conserto e agora ela está comigo. Mantemos um relacionamento bom. Ela bebe menos que eu, embora exija outras compensações. Como passou muito tempo no mecânico, devido à demora do processo judicial, ela se afeiçoou a ele. Sempre dá um jeitinho de eu ter que levá-la para matar as saudades dele.
Zoraide gosta muito da vida no campo, pois sempre que vamos a uma chácara, sítio ou lugares muito verdes e isolados, ela resolve ficar. E a bicha é tão manhosa que só aceita sair enamorada com o mecânico. Tão romântica e carente, que fica muito feliz quando ele lhe dá um trato. Zoraide também o faz muito feliz. Tão feliz que ele sempre prospera por sua causa, embora eu tenha certeza que ele tenha outras.
Eu não interfiro nessa relação. Embora me saia caro esse romance, continuo seguindo meu caminho, migrando entre Zoraide e Êxtase. Chego tantas vezes atrsada no trampo por causa de algum piripaque dela que resolvi mentir aos chefes, pois eles não acreditam mais na versão 'Zoraide Zicada'. Então invento casos como: 'Fui abduzida por ET's tarados por zoraides' e outras balelas oriundas de minha mente fértil.
Como diria a personagem do filme Tapete Vermelho: “Ainda largo dela!”

Balzaks

Sou vagabundo, eu confesso

Há algumas edições atrás, a Revista SUPERINTERESSANTE publicou um artigo sobre os procrastinadores, ou seja, pessoas que, apesar de estarem cheias de obrigações (trabalho, casa, filhos, estudos), acabam cedendo à preguiça e deixando tudo para depois. Explicava o tal artigo que estas pessoas sofrem de culpa, stress e arrependimento, porque não fazem o que deveriam fazer na hora certa e acabam acumulando serviço para depois. E, ainda, dizia que, ao contrário do que se pensava, os procrastinadores são pessoas com maior intenção de trabalhar e boa vontade para atender às pessoas à sua volta, e, justamente por isso, acabam tomando para si obrigações e metas que não conseguem cumprir.

Sinceramente, depois que li o artigo, me identifiquei completamente. Eu sou uma procrastinadora, ou, em português claro, uma enrolona mesmo!
Antes de me enxovalharem, e pensarem que ganho todo mês meu salário ‘na flauta’, e que minha casa é uma zona, me explico: é óbvio que eu não enrolo todos os dias. É óbvio que tem dias que trabalho como uma moura, que pego pesado no batente e nem vejo o tempo passar. Mas eu tenho um problema sério. Dependendo do tipo de tarefa, eu enrolo descaradamente! Eu simplesmente travo, e quando a pilha de papel na minha mesa fica maior que eu, ou meu armário de quarto me soterra com uma avalanche de roupa bagunçada, eu me pego fuçando no Orkut até do ex-namorado-da-moça-da-padaria, puxando conversa no MSN até com aquela menina que só fala através de emoticons (não sei se já disse isso aqui, eu DETESTO emoticons) e assistindo Elvira, a Rainha das Trevas na Sessão da Tarde.
Antes eu achava que era vagabunda, que não gostava de trabalhar e pronto. Mas eu adoro trabalhar! Sou viciada mesmo, posso até me auto-denominar workaholic, tanto que é só me dar uns diazinhos de folga (uns 5 dias, nem precisa mais) pra eu começar a surtar e ter crise de abstinência pra voltar pro meu tronco.
O problema é o tipo de trabalho. Em algumas coisas eu sou tão dedicada que até faço adiantado (escrever para o blog, por exemplo, pena que isso não paga nossas contas, né?). Mas outras coisas ficam impiedosamente engavetadas, criando traça, teia de aranha, olhando pra mim e dizendo: “você não serve pra nada mesmo”.
Já tive oportunidade de fazer o teste. Já trabalhei em um lugar em que não curtia muito o chefe e os colegas, mas adorava o trampo. Ia trabalhar feliz e saía de lá saltitante! E não pensem que era moleza não, eu saía com os neurônios torrados, mas feliz da vida (infelizmente não fiquei nesse trampo, sem detalhes, por favor...).
Bom, mas vocês devem estar pensando: “Pô, então taí a solução para os seus problemas. É só fazer uma coisa que você goste que você vai fazer sempre bem. E em dia”
Ótimo. Também acho isso. Só que infelizmente não inventaram “trabalho self-service”, com uma bandeja onde você só pega pra comer, ops, pra fazer, o que gosta e deixa de lado o que não quer. Eu odeio limpar cocô de cachorro, por exemplo, mas meus cachorros fazem cocô todo dia. Me sinto uma dalit limpando a caca deles (quem não sabe o que é dalit, assista à novela das 8), mas limpo, ué. Buchas aparecem, gente chata aparece. E a vontade de enrolar? Ah, ela aparece mesmo!
Se eu pudesse escolher, passaria a vida inteira comendo bala de goma (ADOOORO), mas não é assim que funciona, né?
Bom, tirando a crise existencial, tudo bem. Eu sei que darei conta do recado. Nem que pra isso eu tenha que fazer plantão pra colocar os “engavetados” em dia e aprender a dizer “NÂO” para o que seja além das minhas forças e da minha capacidade.
Bom, sem querer me desculpar, transcrevo aqui um trecho do artigo que eu citei:
“Além disso, estamos mudando nossa percepção de tempo e urgência. Há pouco tempo, tolerávamos esperar uma semana para receber uma carta. Hoje, demorar um dia para responder um e-mail parece uma eternidade. Será que a procrastinação e o sentimento de culpa derivado dela vão evoluir para níveis cada vez mais paranóicos? É melhor pensar nisso só amanhã” (Eduardo Fernandes).
Críticas e comentários ficam por conta de vocês. Eu? Como diria Jaiminho, o Carteiro, “prefiro evitar a fadiga”.
PS: deixa eu voltar a trabalhar porque o dever me chama e daqui a pouco Balzack vai me mandar criar um blog só pra mim e parar de dar pitaco no dela!
Angel

sábado, 7 de março de 2009

A diferença entre mulheres e Mulheres

(Dia Internacional da Mulher)

No dia 8 de março será comemorado o Dia Internacional da Mulher, e por acaso eu estava lendo algumas noticias, quando me deparei com o caso de uma mulher que foi presa por deixar os filhos sozinhos em casa para ir a um churrasco na cidade de Belo Horizonte. Esta (que se diz mãe) e muitas outras mulheres podem responder por abandono de incapaz e outros crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Dou todo apoio a estes processos, concordo plenamente!
O Dia Internacional da Mulher foi criado no ano de 1975, através de um decreto, quando a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). É preciso lembrar que este dia foi escolhido por marcar a data de uma manifestação das operárias de uma fábrica americana por reivindicar melhores condições de trabalho e que morreram carbonizadas dentro da própria fábrica, há mais de 100 anos desta data, em 1857.
Aí me pergunto: qual a diferença entre homem e mulher? Ou mesmo entre mulheres e Mulheres? São os substantivos que se flexionam nos gêneros masculinos e femininos? Não são todos seres humanos?
Ah! Hoje ainda encontramos tantas diferenças claras e estampadas entre os homens e as mulheres! E seus direitos então? E seus deveres!!!!
Os casos de mães que abandonam seus filhos! E elas são presas! (justíssimo!!!) mas estes casos são em muito menor quantidade do que os de pais que abandonam os filhos. E quando é que eles vão presos? Em que caso? Por abandono de incapaz? Em que sentido de abandono? Financeiro? Emocional?
No caso financeiro até acontece, como há um ano em Bauru - SP, onde foram presos 11 homens que não pagavam pensão alimentícia às suas esposas (em comemoração ao Dia Internacional da Mulher). Mas isso nem sempre acontece. Existem casos em que o juiz diz que o “pobre” do pai não tem renda suficiente para manter as necessidades de seus filhos, portanto, não há nada a fazer! Coitado!
E o abandono afetivo, então? O poderoso Maradona (aquele mesmo jogador de futebol), deixou claro em uma edição de seu programa argentino “a noite do 10” que o juiz não pode obrigá-lo a sentir amor pelo filho. Não, isso ele não pode mesmo. Aí é que está uma das diferenças entre o homem e a mulher, a sensibilidade, o respeito, o amor incondicional.
Quero deixar bem claro também que existem casos raros de homem, pois convivo com três deles, um que assumiu o filho quando a mãe se foi, outro que a mãe se foi sem escolha e outro que assumiu os filhos que nem dele eram!
É por estes grandes homens que continuamos grandes Mulheres: grandes Elisângelas, grandes Joanas, grandes Lilians, grandes Benês, grandes Elis, grandes Yaras... a estas Mulheres, parabéns pelo nosso dia... e continuamos na luta!

Karina Zimmermann,
Psicopedagoga, atriz e mãe incondicional
E uma super mulher e amiga.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dia das Mulheres

Hoje é dia de congratulações!!! Por toda essa mulherada aí que ta engolindo esse dia a seco – literalmente – as que não estiverem, brindem, pelo menos.
É claro que não vou repetir toda a história que gerou esse dia comemorativo. Só quero dizer algumas palavras – ow, estórinha de orador!
Então, vamos aos blogsOkês de saudações:
- a todas as Ruths, que gostariam de ser amelias, mas que a vida não deixou. E elas só fizeram parte das “mulheres de verdade”.
- às Vinas, que a vida tentou tanto derrubar e não conseguiu.
- às Cibeles, (J)Anas e Alessandras que o preconceito não conseguiu abalar seu amor.
- às Sandras, que conciliaram o trabalho doméstico ao prazer de servir suas famílias.
- às Renatas, que superaram a surpresa de viverem ‘mães!’.
- às Brunas e Angels, que souberam usar preservativo.
- às Sallys, que nos mostram que não estamos sós nas filosofias femininas.
- às Karinas, Magalis, Benês e Janetes que não se submeteram ao machismo.
- a todas as Fulanas que não temeram repressão e denunciaram seus abusos sofridos.
- às protestantes que queimaram o sutiã e ficaram com os peitos caídos
E, enfim, às Luanas, Júlias, Luízas, Anas e Alynes, que hão de aprender com elas.

Vocês, sim, como muitas outras mulheres, me orgulham.

E como o dia das mulheres começou hoje, vou comentar sobre a homenagem que recebemos no trampo, logo pela manhã.
Recebemos discursos, flores, sucos, frutas, presuntos, queijos e mimos, ao som de músicas anos 80. Me empanturrei! Desculpem-me chefinhos, eu sei que a intenção foi boa, mas não podemos deixar passar.
Adoramos flores, sucos, frutas e tudo mais. Mas as flores murcham, os sucos azedam, as frutas apodrecem e as músicas anos 80 ficarão cada vez mais obsoletas.
O que queremos e EXIGIMOS, para a vida toda, é RESPEITO. Isso sim nos engrandece de verdade e nos fortalece para continuarmos a ser Grandes Mulheres.
E para isso, o célebre Vitor Hugo, escreveu esse desfavor de poema:

O Homem e a Mulher

"O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força.
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas. - demais essa!
A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublima.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro; Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência; - concordo
A mulher tem uma estrela: a esperança. - conservo, mas luto.
O fanal guia, a esperança salva.

Vitor Hugo
Feliz Dia do Homem!
*******

Eu sei que vocês entenderam, mas traduzindo o poema...
"O cara é o inteligente, forte e nos corrige, É O cara. Você é a chorosa, que tem que ser santa, sofrer pracarai nos seus martírios e ainda cantar como um rouxinol! Aff...
obs.: Ganhamos cerveja tb. Feliz Dia das Mulheres Bebuns!!!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Programas de índio

'Programa de índio’ designa atividade ou entretenimento chato, sem graça, aborrecido, lembrando a indolência que grassa nas aldeias, principalmente em dias de calor, quando não há o que fazer a não ser render-se à preguiça.” (Deonísio da Silva)

Confesso que, diante dos programas do mundo moderno, os verdadeiros programas indígenas, que consistiam em ficar mosqueando de preguiça no meio da mata são infinitamente mais legais!
Quem nunca foi convidado e participou de um programa de índio, que atire a primeira flecha!
Existe uma infinidade deles e, para piorar, o que é programa de índio pra uns pode ser um programa muito legal para outros, o que gera uma eterna discórdia.
Vou tentar aqui descrever alguns. Sei que vou deixar vários deles para trás, mas aceito sugestões:

CHÁ DE BEBÊ: Consiste em uma vingança das amigas por não ter participado do melhor da festa: a concepção do bebê. Então todas se divertem ridicularizando a coitada da mãe e aplicando castigos pra lá de constrangedores, como rebolar na boquinha da garrafa, pedir camisinha em boteco, se lambuzar de baton, essas coisas. Vem acompanhado de um convitinho fofo pedindo sempre um pacote de fraldas (algumas futuras-mamães abusadas exigem fralda Pampers, que é caaaara) e de um outro presentinho para o futuro rebento (de chupetas a mamadeiras). A festa resume-se em uma corja de mulheres fofocando sobre pimpolhos, maridos, enjôos e “como prevenir estrias”, bem como na estrela da festa, a barriguda, é claro, que invariavelmente passará mal com a enorme quantidade de salgadinhos, refris e histerias.

ASSISTIR A FILMAGEM E/OU ÁLBUM DE CASAMENTO: Geralmente você é submetido a ver o vídeo e o álbum juntos. E sempre é a mesma coisa. Uma mulher de branco, um cara de fraque e um monte de gente brega com vestidos longos e coloridos e ternos apertados. Todo mundo fica absurdamente feio nessas ocasiões, porque geralmente o cinegrafista/fotógrafo não trabalha na Globo, e deixa todos com a cara brilhando ou com aquela cor azulada/esverdeada. No meio da filmagem sempre tem a tia gorda que cai, o cunhado beberrão, o padrinho engraçadinho que faz piadinha e as crianças correndo na festa. É nessa hora que você, convidado a assistir, dorme no sofá novo da sala do casal assistindo ao torturante filminho.

FESTA DE FINAL DE ANO DA EMPRESA: Sempre tem um amigo-secreto do qual você sai insatisfeito com seu presente ruim (sendo que você deu um bem melhor). Sempre tem alguém que bebe um pouco além da conta e banca o engraçadinho ou cafajeste. Sempre tem o chefe com aquela cara de “olha essa pobraiada, não podem ver comida nem bebida mesmo!”. É claro que rola os discursos semi-eternos do indivíduo de como você pode se dar bem se colaborar com o crescimento da empresa, como também ladainhas na hora de revelar o amigo-secreto. Tudo balela que acaba no próximo dia útil.

DESPEDIDA DE SOLTEIRA: chá-de-cozinha, chá-bar, ou qualquer nome criado para as mulheres para a festinha que estas inventaram para se vingar da famosa “despedida de solteirO”. Nunca fui em uma despedida de solteiro (até porque sou calcinha e não sou prostituta, gogogirl ou stripper, né?) mas me parece que a versão masculina é bem mais interessante... O tal chá-de-cozinha é praticamente um chá de bebê, só que um pouquinho mais pesado, porque a noiva recebe presentes tais como calcinhas comestíveis, vibradores e outras esquisitices de sex shop, além, é claro, das panelas, talheres e utensílios domésticos para seu novo lar. Acrescenta-se a isso bebidinhas alcoólicas consumidas pelas moçoilas e uma propensão a falar besteira... Mas fica só nisso mesmo. No dia seguinte, um bando de mulher ressaquiada e uma noivinha desconfiada da despedida de solteiro do futuro marido.

PROGRAMAS QUE CONTENHAM MÚSICA: Calma, adoro música e também adoro programas musicais. E praticamente todos os programas têm música, certo? O problema é o teor da música tocada. Quando te convidarem para algum programa, preste muita atenção no tipão de quem convida e especule sobre que tipo de música vai tocar lá. Com certeza, com essa perguntinha você já matará a charada sobre o tipo de pessoas que você vai encontrar, sobre o naipe do lugar, a hora que a festa acaba etc.
Os programas musicais são ótimos. Mas só serão ótimos se tocarem a música que VOCÊ gosta. Caso contrário, meu caro, programa de índio master na certa!!!
Tente convidar um pagodeiro para ir num show de hardcore, um MPBista pra um baile funk, um cowboy para uma rave, um nerd para uma micareta! Tortura na certa!
Nesse quesito não existe quem tem razão, gosto não se discute, certo?
É cada um no seu quadrado mesmo.

FESTA DE ANIVERSÁRIO DE CRIANÇA: Se você é pai, mãe, ou amigo(a) de algum deles, com certeza já foi em várias. Pode até ter gente que me fale que adoooora crianças, mas duvido que adore um monte delas, um bando incontrolável, pulando, gritando, chutando, brigando, derrubando bolo e coxinha pra tudo que é lado, ao som de músicas de criança (que, de Xuxa a High School Musical, é sempre uma chatice). Tem seu lado bom: a comida. Vá e devore todos os salgadinhos, pipocas, algodões doces e cachorros-quentes possíveis em um minuto e saia à francesa.

VELÓRIO: Tá, eu sei, é triste, triste demais. Todo mundo morre, eu também vou morrer e EXIJO que vá uma galera no meu. Tirando quem está lá porque sofre de verdade com a morte do defunto (redundante?) os outros participantes que foram lá, só pra fazer um “social”, se encontram no mais puro programa de índio. Não tem música, não tem goró e sempre tem alguns do lado de fora fazendo piadinha (piadinha velha, quase sempre).

ENCONTROS DE UMA RELIGIÃO DA QUAL VOCÊ NÃO PERTENCE: Não vou aqui falar mal de religião nenhuma, jamais. Mas todo mundo tem um amigo evangélico, budista, seicho-no-ie, espírita, rosa-cruz, macumbeiro, católico etc., que já tentou te convencer que a religião dele é o único caminho para a salvação e te arrastou pra celebração religiosa dele. Quase sempre é uma cilada. Quase sempre o celebrante fala um monte de coisas que você não entende e quase sempre você fica morrendo de vergonha porque não conhece os “trâmites” do tal lugar. Se você for convertido, amém. Se não, é programa de índio na certa!
Angel

terça-feira, 3 de março de 2009

Quer andar de carro velho, amor?

Gente, eu juro que não sou calcinha-gasolina, mas é que me sugeriram que escrevesse sobre as traquinagens de minhas latas-velhas.
Sei que todo mundo nunca se esquece do primeiro beijo, da primeira transa, do primeiro porre e de seu primeiro carro. Vamos às apresentações! (TAMBORES)

Luz na passarela, ou melhor, na via pública que lá vem ela. Toda fusca e reluzente. Seu nome: Penélope Charmosa. Além de uma singela homenagem a essa querida personagem – lembrada por Balzaks apenas – do desenho Corrida Maluca, o nome se referia ao seu charme de quando a adquiri. Ela era toda fofa, com a lataria toda lisinha, estofamento macio e umas lanternas que eram um xuxu. Com o decorrer do tempo o nome continuou, mas devido aos ‘charmes’ e 'pitis' que ela aprontava pelas ruas.
Foi motivo de muitas alegrias, principalmente dos mecânicos, auto elétricos, postos de combustível e borracheiros.
Já passeou por lindas estradas, sítios e cachoeiras. Tinha um coração de mãe, com sintomas de lata de sardinha e odor de Rexona.
Nosso relacionamento ia de vento em popa, até sua primeira traição. Numa bela tarde de sol, resolvo levá-la para passear. Entro nela e solto o freio de mão. Não sei pramódequê eu saí do carro e ela foi sozinha, garagem abaixo, e abraçou calorosamente uma árvore da praça defronte minha casa. No momento a praça estava repleta de crianças saltitantes. Sentei no chão e chorei. Pelo menos ela não era uma assassina. Começou nossa crise, mas, tenho amor no coração e cheguei a perdoá-la.
Após os devidos e caríssimos reparos, veio outro momento devastador. Ao entrar em uma rua, um motoqueiro relapso resolve entrar no meu carro. Pena que ele se esqueceu de abrir a porta e descer da moto. Cheguei a arrastar a bichinha por alguns metros. Quando desço do carro, penso: PUTAQUEPARIU, CADÊ O MOTOQUEIRO RELAPSO?? Quando já estava quase dando piti, pois não tinha coragem de olhar embaixo do carro e me deparar com o pior, resolvo perguntar a um cidadão que estava a observar a cena. Perguntei à pessoa certa. Ele era o motoqueiro. Por sorte, pulara antes da batida.
Se não fosse por dois amigos brutamontes aparecerem e uma ‘leve’ pressão psicológica, o safadenho não teria pago o conserto. O cara implorou pra não chamar a polícia. Eu aceitei depois de um tempo, já que ele não sabia que minha documentação estava toda atrasada.
Enfim, Penélope retorna à UTI/Pitangui. Após receber alta, eu resolvo comemorar em um estabelecimento para adultos. Tudo lindo e maravilhoso e ela resolve que não tem bateria, antes de entrar na garagem. Mas isso não quebrou o clima, lógico. Após a festa, a questão foi resolver quem teria a responsa de fazer Penélope pegar no tranco, uma vez que o espaço para empurrar era mínimo. É claro que eu que tive que assumir, né. E ela funcionou!!! Imaginem minha cara perante o auto elétrico, caso não funcionasse?
Isso abalou muito a nossa relação. Uma relação sem confiança não rola.
E eu tinha razão. Após esses, seguiram-se muitos outros episódios. Tiraram muito sarrinho e dinheiro de mim. Até que um dia ela se foi. Por um preço irrisório de pouco mais de 20% do que havia pago por ela. Nunca mais nos vimos e voltei ao meu velho e fiel coturno.
Até que certo dia, numa manhã de sol, eu conheço Zoraide. Mas os capítulos dessa novela ficará para outro post.

Pessoa, pare de ser romântico e emotivo. Desmanche o beicinho, enxugue essas lágrimas, levante e ande!

TODO MUNDO É LEGAL, MENOS EU!

Olha, não é por nada não, mas tem dias que parece que o mundo ta cheio de Tele Tubbies! Sabe aqueles bichinhos simpáticos e sorridentes (e insuportáveis) que só existem no imaginário infantil? Pois é. Às vezes parece que todo mundo é assim. E que você é a única pessoa sensata e séria (e chata) do planeta.
Outro dia, assistindo BBB (aff) cheguei a essa conclusão. Todos são amigos de infância! E não to falando da amizade mantida às forças por meses de confinamento, estratégias, blá, blá, blá não. To falando do momento em que os modeletes/participantes entram na casa e imediatamente se abraçam efusivamente, dão gritinhos histéricos, pulam na piscina, rolam na grana, dançam sem música, batucam em baldes e bacias, sentam no colo uns dos outros, dormem abraçadinhos, esfregam a bunda e os peitos na cara dos colegas, fazem massagens nos companheiros e outras atrocidades impróprias para este horário. Não é moralismo nem nada, é só uma dúvida: será que o mundo inteiro ta cheio de pessoas carinhosas e cheias de amor pra dar e só eu que não sou assim? Imagine as cenas em situações cotidianas:

Sexta à noite, uma galera sentada num bar conversando animadamente, quando chega um amigo com um cara desconhecido e diz: “Gente, esse é o João, meu primo de São Paulo”. Imediatamente todo mundo levanta num pulo da mesa, abraça o João como se fossem jogadores vencedores em final de campeonato, faz uma rodinha em volta do cara e gritam: “João, João, João”. As meninas rebolam o créu mexendo o popozão na frente dele, os meninos anunciam: “Garçom, traz uma gelada porque o João é O CARA”

Outra situação: churrasco à tarde. Todo mundo sentado um no colo do outro (ninguém é namorado, ficante nem pretê, só amigos mesmo), todos se acariciam, dão selinhos, quando de repente uma moça fala pro cara que tá “sem querer” passando a mão nos peitos dela: “Você é amigo de quem mesmo?”. No que ele responde: “De ninguém não, sou só o entregador de água mesmo”. Daí, na hora de ir embora, todo mundo se abraça, faz uma corrente, diz um ao outro o quanto essa pessoa é importante na vida dele por estar compartilhando da mesma carne e cerva, choram, fazem juras de amizade eterna, deitam no chão emocionados gritando: “o Celsão era o melhor churrasqueiro que eu já conheci! Por que, ele se foi, meu Deus? Por que?!”

Pára tudo, gente! Se alguém tiver amigos tão calorosos assim na vida real, me avisem, porque os meus devem ser mais frios do que pingüins da Antártida!

Outra situação que me deixa ressabiada é o teor de alguns perfis do orkut. Já reparou como todo mundo é insuportavelmente feliz, escancaradamente amigo e, quando namora, dá a vida pelo outro? Ah, vai. Tudo bem que não acho que se deva fazer um orkut deprê (emo), com fotos de velório, de crianças chorando, com textos lamentando a vida, mas aqueles ursinhos carinhosos pulando com letrinhas coloridas pra dizer pra sua vizinha o quanto ela é sua amiga, ou o álbum inteiro dedicado ao namorado que lhe colocou um chifre semana passada com juras de amor eterno... Fala sério. Balela da grossa. Não é possível que estas pessoas se amem com tanta intensidade o tempo todo!
E MSN então? Taí um lugarzinho que as pessoas ADORAM utilizar pra jogar na cara do mundo o quanto são felizes e bem resolvidas! Aquele espacinho de uma linha destinado ao tal nick é vítima de um monte de indiretas para os outros pobres e tristes usuários da tal ferramenta. Desde juras de amor eterno ao namorado, até anúncios animados de micareta no final de semana, tudo é motivo pra mostrar pros outros que só ELES, os escolhidos, são felizes!
Esses dias mesmo, estava eu pulando meu carnaval à tarde, clima de carnaval, música de carnaval, aquela putaria toda que todo mundo conhece, quando de repente, a banda pára de tocar e o vocalista anuncia: “Gente. Vamos fazer um intervalinho, enquanto isso vocês ficam com uma homenagem que a Fulana fez ao Fulano especialmente pelos 06 anos (não eram 05 nem 10, eram 06!) de namoro deles! Aí começou a tocar uma música brega da Mariah Carrey ao fundo (prestem atenção, era sábado de carnaval) e aparecer num telão fotos do casal de ursinhos carinhosos! Ah não, meu! Eu não acredito que paguei pra me embebedar e ouvir música da Ivete Sangalo e do Asa de Águia (carnaval, gente, carnaval) pra ter que aturar ISSO!
E não para por aí. As pessoas são capazes de usar de muros, out-doors, faixas em aviões, tele-mensagens, recados na rádio, anúncios de jornal, programa do Gugu, todos os artifícios multimídia pra mostrar ao mundo que amam seu namorado e/ou marido, que passaram no vestibular, que amam sua cachorrinha de estimação, enfim, por que essas mesmas pessoas simplesmente não curtem a sua imensa e inenarrável felicidade sozinhos ou com seus entes queridos, anonimamente, no recanto de seu lar (ou bar)?

Angel

segunda-feira, 2 de março de 2009

Supermercado

Após inúmeros 2 pedidos para atualização do blog e um longo período de carnaval, trampos e festas, voltamos para falar de um assuntindo intrigante: o supermercado.
Sei que até existem cuecas que frequentam este estabelecimento, que não seja para comprar apenas cerveja e lâmina de barbear, e admitem o quanto essa tarefa é árdua e chata. Fazer compras pra mim não é a coisa mais emocionante do mundo, gosto de consumir meu dinheirinho sentada em uma mesa ou me acabando de dançar mesmo. Mas, minha casa só depende de mim pra isso.
Eu prometi por 3 vezes NUNCA MAIS frequentar supermercados populares, aqueles com promoções 'imperdíveis' de produtos que você não consome.
Ow lugarzinho terrível!!!
Vamos começar do início.

Não preciso nem falar do fato de trabalharmos e só temos 'tempo livre' no final de semana pra essas tarefas ordinárias. O termo 'tempo livre' sendo usado para fazer compras domésticas chega a ofender meus ouvidos. Um termo que geralmente soa tão bonito, onde o imaginamos associado a uma rede, embaixo de uma árvore, um bom livro e uma brisa refrescante, nos vemos empurrando um carrinho, que sempre emperra em corredores congestionados de carrinhos, donas-de-casas barulhentas e produtos que se jogam apelando para que nós os aceitemos... Me identifico muito com o Rubinho Barrichelo nessas horas. Foi a primeira vez que prometi não voltar ali nunca mais.
E a parte do açougue? Uma fila maior que a do INSS! Depois falam que o povo não come carne. Vai ver se tem fila nas abobrinhas!
E um frango que eu comprei que escorreu sua água nojenta bem no vão do dedo dos meus pés. PORRAQUEPARIU! Saí da casinha! Só faltou eu começar a latir. Xinguei tanto aquele filho duma penosa, que fiz o açogueiro tirar toda a água do bichinho e pesar de novo. Devo ter economizado uns 10 centavos, nem pagou as rugas adquiridas, mas impressionou o povo, pois até me cederam lugar na fila do caixa. Foi a segunda vez que prometi nunca mais voltar lá.
Quando estava quase calma e bem penteada, jogo as coisas na Zoraide, meu carro, e tento sair do estacionamento, que, por sinal, demorei horas pra conseguir uma vaguinha. Pra que??? Um caminhão de verduras travando a saída, com os caras mais encardidos do mundo chupando laranjas e falando besteira. Chamei a gerente e nada. Prometi de novo.

Essa semana me vem a escrava do lar Gigi e me diz que acabou o óleo e o arroz. Adivinhem??? Tem balzak que não aprende mesmo.