quarta-feira, 16 de junho de 2010

As copas da vida


Copa de 1990 – Itália - A primeira Copa do Mundo que me vem na memória é a de 1.990. Não lembro nada dos jogadores, que seleção era melhor ou pior, mas lembro muito bem de um boné que eu ganhei de brinde que ficava enorme na minha cabeça, todo verde-amarelo, onde tava escrito “Brasil, rumo ao tetra”. É, rumou, mas não foi. Eu tinha 9 anos, e não foi uma grande decepção ver o Brasil derrotado nas oitavas de final, porque felicidade pra mim e pro meu irmão era sair gritando no banco de trás da Belina laranja da minha mãe, com boné na cabeça e bandeirinha na mão – BRASIL, BRASIL (é, as mães sempre perdoam os nossos micos)

Copa de 1994 – EUA – Aí sim, pra mim a melhor copa de todos os tempos, e acredito que pra um monte de gente. Com 13 anos na época, era mágico poder acompanhar a escalação dos canarinhos de cor, e ver Bebeto e Romário dando show, com direito a embala-neném e tudo. Fazia a gente chorar de alegria. Mas feliz mesmo eu ficava quando o Viola era chamado pra substituir (eu já era corinthiana roxa e declarada). Depois dos jogos descia até a avenida principal da minha cidade pra paquerar os gatinhos de verde-amarelo. Não, não existiam emos naquela época. Maravilha! Ah, além de tudo, finalmente... é tetra!!!! (com direito a homenagem pro mais famoso corinthiano - Ayrton Senna)

Copa de 1998 – França – Com 17 anos eu ainda possuía a mesma empolgação adolescente da Copa de 94, e achava que o penta seria moleza. Sim, foi decepcionante, uma das grandes decepções da minha adolescência. A partir daí vi que não valia a pena sofrer por futebol. Só pelo curintia.

Copa de 2002 – Japão e Coreia do Sul – Nessa época eu já era uma mocinha adulta de 21 anos, fazendo faculdade e com outras coisas (goró, cuecas) mais importantes na cabeça. Gata escaldada, já não sofria com a copa. Copa essa, aliás, que foi transmitida nos piores horários possíveis, de madrugada, do outro lado do mundo. Assistir aos jogos naquele frio, em plena madruga, era um ótimo motivo pra beber. Churrascos nas repúblicas reinavam pra manter o povo ocioso acordado. Ótimo motivo para um “approach” com os torcedores-cuecas. E uma ressaca desgraçada no dia seguinte pra ir pro estágio. Mas, pra nossa felicidade, o Brasil foi penta!

Copa de 2006 – Alemanha - Pra mim, essa copa foi mais sem-graça que a própria seleção, que foi eliminada já nas quartas-de-final. Assistir aos jogos também era motivo pra churrascos, e eu, com 25 anos, já estava formada e tentando começar a carreira, na esperança que minha carreira não fosse tão curta como a dos jogadores. Jogadores que, por sua vez, frustraram os nossos churrascos, que tiveram que acabar antes da hora por conta da eliminação.

Copa de 2010 – África do Sul – Pra mim é a copa mais on line de todas. Nem que a gente não queria saber de copa, todos os sites de notícias, twitter, nicks de msn, só falam nisso. Dá pra acompanhar minuto a minuto os jogos sem sair da frente do pc, o que é muito útil mas um pouco irritante. Só menos irritante que as vuvuzelas. Sinceramente, eu, quase balzaca e com um histórico de pelo menos 6 copas na memória, não boto muita fé não. Mas dia de jogo aproveito a ótima desculpa pra beber e comer até virar uma jabulani.
E viva o Brasil!
Angel

Um comentário:

Anônimo disse...

TEmos dieferença de um ano... mas da copa de 90 eu lembro do Gol do Batistuta... e também me lembro da final Argentina 0 - 1 Alemanha Ocidental (pois é, era os últimos dias do muro de Berlim)... um gol do líbero Lothar Mattheus...

E o Timão campeão pela primeira vez do Campeonato Brasileiro! *.*

Shisuii