quarta-feira, 24 de março de 2010

Síndrome de Julieta

Vamos combinar que quem disser que não teve seu amor julieta, merece uma bigorna no meio da orelha!
Eu mesma tive e devo ter essa síndrome.
É uma coisa louca. Quanto mais difícil o lance, mas a gente encasqueta com ela.
É um dom de se iludir e de se auto flagelar.
Flagra a cena: Você está numa festa, com zil cuecas interessantes e um – apenas um – que você saca que é complicado se relacionar com o sujeito. Pronto! Já basta pra calcinha-besta-quadrada se encantar perdidamente pelo ser.
Você se imagina num avião desgovernado, voando em direção das montanhas. Você tem plena consciência que tem apenas duas opções: ou pula ou se estrupia toda. Mas você vai. Alguém pode me explicar isso?
E nem me venham, cuecas, com esse sorrizinho amarelo na cara, pois vocês também tem sua síndrome de romeu. É um mal que acomete a quase todos.
Nessa síndrome se encaixam vários casos, não se limita no conhecido amor bandido, embora seja o mais comum. Creio que temos um ladinho Bonnie Parker, eles roubam nossos corações e cabecinhas rapidinho.
Muito comum, também, é o cafajeste (cachorro, galinha e sem-vergonha), com aquela lábia do inferno, que sempre caímos, mesmo conhecendo todos os verbetes do papinho. Adoramos ser mais uma escolhida pelo nobre galanteador.
Os casados ou comprometidos eu nem vou dar muita audiência, só se for muito mané mesma pra cair, principalmente quando envolvem cornas com doenças terminais, com tendências suicidas ou filhos complicados. Tem que estar devendo muito pecado para encarar uma furada dessa. Isola três vezes!
Fora esses mais visados, há os que moram a milhões de quilômetros, os que têm banda de pagode (aff), os peões da vida, os chefes, os office boys, os que não combinam com você em nadica de nada...
Mas insistimos. Não lembramos dos horários de chibatadas diárias, com posteriores banhos em tinas de álcool (uia, peguei pesado, né?).
Mas o pior, o pior mesmo, é o que tenta te amar. Ele não se encaixa nos outros padrões citados anteriormente. Ele simplesmente não te ama. E você quer muito que tudo dê certo, mesmo assim. Você acha que se ventar mais forte ele vai te amar (/olhinhos brilhando)
Não vai, cara amiga, ele não vai. E não há nada que se possa fazer.
- Ai, mas eu vou amá-lo mesmo assim, fazer o que?
Foda-se. Pode até amar o cara por diversas encarnações, mas saiba que estará amando sozinha. Cada um faz suas escolhas.
Me perguntaram sobre a teoria da causa dessa síndrome. Seria auto flagelação? Falta de adrenalina? Ou um grande e belo dedo podre mesmo?

A cura pra isso? Sei lá, ainda não estou curada. Duvido que os psicólogos nos ajudem ou tenha as respostas. 
Já falei que aqui nós não damos soluções e sim problemas. Creio que uma ponderação sobre essa escolha seja um bom começo.

Mas se você, caros balzaquis, tiverem uma resposta, uma luz ou o telefone de algum Romeu disponível, mande para balzaquis@gmail.com.
Balzaks

Um comentário:

Anônimo disse...

h, mas falaí: sem adrenalina não tyem a mesma graça, Balzak! aushausahusahsuah