segunda-feira, 29 de março de 2010

EMOS: versão Balzaks


Pois é, fui escalada para relatar os prós dos Emos. Trabalhinho sujo, mas que alguém tem que fazer. Vamos lá.
Uma das principais vantagens em Emo é não ser um. Explico: sobra a tradição para os tradicionais. Isso dá uma equilibrada no mundo. Outra é ser amigo de um(a). O Emo é um ser sensível (pra caraio), mas que te escuta mesmo nos momentos de TPM e chora (pra caraio) com você, mesmo que seja pelas suas feridas.
Eles te socorrem nos momentos de desespero. Qual de nós nunca esqueceu o delineador em casa, ou não teve uma chapinha que parou de funcionar de repente? Quando aquele cueca-machão vai resolver, ou apenas entender nosso problema. Nenhum emo vai dizer pra você parar de frescura e histeria besta. É possível até que leve uns sopapos.
Eu não acho de todo horrível os trajes, sinceramente acho super criativo. Eu é que não tenho coragem de ousar tanto assim.
Antigamente a gente brigava tanto pelos nossos estilos, agora lutamos para parecer a mais normal e padronizada possível. Mas sempre somos traídas por remanescências do passado e fazemos uma loucurinha qualquer.
Meus queridos, não vamos ser politicamente aceitáveis como normais nunca. Já era, mano. Uma vez louco sempre louco. Ou você aguenta suas abstinências de insanidades e vive castrado ou sai mordendo azulejo, apertando campainhas alheias, gritando ‘Toca Raul’ na rua.
Eu ainda sou frustada por nunca ter pintado os cabelos de azul. Vivia dizendo que quando estivesse como funcionária pública, iria fazer isso. Uma semana de cada cor, dependendo do meu estado de espírito. (Eu sei, foi logo que soube que existia aquele lance de cromoterapia, pirei geral. Achava lindo luzinhas coloridas entrando e saindo do corpo.)
O fato de emos viverem beijando a tudo e a todos também não me incomoda. Pelo menos é algum tempo sem choros e gritinhos. Pô, os gritinhos não dá pra defender não. Não há justificativa plausível. Me recuso.
Só não gosto da ideia de que o beijo homo seja uma condição para ser emo. Aliás, o lance não é ser livre, sem condições e restrições. Olha a controvérsia aí.
Na minha época leprechaum eu não era obrigada a ficar sem tomar banho, nem a fumar maronha. Na punk eu não tinha que usar moicano e até bebia uma latinha de coca-cola esporadicamente. Na gótica eu não era obrigada a transar de madrugada em cima de túmulos, bebendo vinho doce-vagabundo, fazia por tava a fim. Portanto, nada a ver impor diretrizes drásticas ao estilo.
Quanto ao restante, deixem que falem, se contorçam e...
Engole o choro!

PS. Putz! Pra piorar, eu encontrei um site que dita 100 passos para ser emo.




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