
Há calças jeans que marcam a vida da gente, nos fazem lembrar daquela fase “gostosa”, outras são ótimas pra trabalhar, outras te deixam com aquela bunda incrível, algumas mostram o que você não gostaria de mostrar... mas elas sempre estão lá, ou melhor, talvez estão aí, sendo usadas por você neste momento.
Porém, apesar de todo o glamour, a praticidade e a fama merecida desta peça coringa do guarpa-roupa feminino, tenho que admitir: comprar calças jeans é um momento, no mínimo, TENSO! Não existe uma peça do guarda-roupa que te denuncie com maior naturalidade e realismo que você ENGORDOU ou EMAGRECEU! É verdade, cara balzak. Você pode ser magra, gorda, gordérrima, baixinha, altona, loira, morena, corinthiana, budista, judia, enfim... quando a sua bunda, coxas, barriga ou qualquer outra parte do seu corpo que você odeie cresce, a danada da calça jeans te diz isso, com todas as letras!!!!
E, para piorar, as lojas, as vendedoras, os provadores, as fábricas de roupas e toda a indústria têxtil do índigo blue não ajudam nem um pouquinho com o nosso desespero. Vejamos:
Ato 1: Balzak olha para o seu guarda-roupa. Procura, procura, por uma calça que combine (e que sirva) para usar com aquela blusinha linda (barata ou cara) que ganhou naquela semana. Não, nada combina, e pior, as poucas calças que ela tem estão velhinhas, desbotadinhas, com cara de “roupa-de-ficar-em-casa”. Mas ela tenta, e percebe que as poucas calças que tem estão, impressionantemente, apertadas. Ué – ela pensa – essa empregada deve ter usado o sabão errado. Encolheu tudo. Mas Balzak relaxa. Nada que uma tarde de compras não resolva.
Ato 2: Balzak entra numa loja bacaninha, daquelas bonitinhas. O preço é meio caro, mas afinal ela merece gastar uns reais a mais para ficar bonita, não é mesmo? Vendedora 1 chega sorridente e diz: “Oi, posso ajudar?” Como balzak está muito decidida, já pede logo calças jeans no seu número, aquele número que há anos ela está acostumada a vestir. A vendedora dá uma olhada de cima abaixo em Balzak, o que a deixa meio constrangida, mas, como ela está de muito bom humor, pega o pesado fardo de 5 a 10 modelos diferentes e se dirige lépida ao provador, já pensando no valor do crediário ou do cartão (afinal, ela está disposta a gastar muito em sua nobre causa).
Ato 3: Apesar da loja ser bem bacaninha, o tal provador não parece ser um lugar dos mais agradáveis. Quente, apertado e com um espelho que parece deixar a pobre moça cheia de espinhas e, pior, rugas! Mas não, ela está aqui para experimentar calças, as rugas devem ser por causa da luz que não foi devidamente instalada.
Ato 4: Começa a tortura. Calça nº I – entrou, mas o zíper não fecha. Calça nº II – o zíper fecha, mas a barriga dorme em cima dela (a famosa calça-colchão). Calça nº III – credo, não passou nem na coxa? Calça nº IV (já suando) – ai, arrebentou o botão (deixa eu esconder). Calça nº V – O QUE???? Não ta passando nem no joelho? (Vendedora nº 1 interrompe – “Ta dando certo?” – resposta seca – He he, tá... Calça nº VI – Puta que pariu, devia ter passado mais creme antes de sair de casa, quem sabe assim a calça escorregava! Calça nº VI – Entrou (apertada). Mas além de ter ficado pula-brejo, a cintura dela bate no seu pescoço. Calça nº VII – Uffa! Entrou! Mas peraí, essa é um número acima do meu! Jamais! (vendedora nº 1 interrompe de novo – “Precisa de ajuda?” – Vontade de responder “Preciso, traz um médico e uma maca que vamos começar uma lipoaspiração aqui mesmo”, mas você responde, calmamente – “Não, obrigada, já terminei”.
Ato 5 : Suada, vermelha, bufando e com cara de poucos amigos, Balzak se dirige ao balcão, acompanhada de um bolo amorfo de calças amassadas e com os zíperes escancarados. Vendedora nº 1 pergunta: “Qual você vai levar?”. Balzak sorri, sem graça, (enquanto enxuga o suor do rosto) – “Então, gostei de quase todas, ficaram lindas, mas acho que hoje não vou levar nada não, tô sem talão de cheques, tô com pressa, passo aqui pra pegar depois, é pra presente” - ou qualquer das 459 desculpas que toda vendedora de loja feminina já conhece de cor.
É isso, amiga balzak. E é real, aconteceu comigo ontem. O que fazer? Sair marchando dali em 30 segundos, entrar na primeira sorveteria, McDonalds, padaria ou qualquer lugar que sirva “gordura” fast food o mais rapidamente possível e prometer a si mesma que vai criar vergonha na cara e começar aquele regime ONTEM, enquanto saboreia um duplo X bacon salada egg com milk shake.
Não importa se você usa 36, 38, 42 ou 48. Isso vai acontecer com você. Porque a calça jeans fala e nunca mente. E a única frase que ela aprendeu a falar é: “VOCÊ TÁ GORDA!”.
Angel
2 comentários:
KKkk.....muito bom pior que isso rola mesmo
Não é gorda, é fofinha...
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