sexta-feira, 24 de abril de 2009

QUEBRA EU!

Pessoas, não sei se vocês sabem mas mesmo carregando meus míseros 30 aninhos nas costas, seios, pernas e barriga, sempre fui muito moleca – e das mais terríveis mesmo. E, é claro que sofri as consequências cabíveis para cada situação de traquinagem, onde cada uma delas começava numa mesa de raio x , passando pela de gesso e terminando com tediosas tardes e noites de molho. A coisa começou cedo e não parou ainda. Vou compartilhar algumas com vocês. Sei que os relatos podem lacrimejar seus olhos, mas segurem a onda e aguentem firme!
Membros superiores: começou aos 11 anos, quando fugi de casa pela milésima vez para ir a uma festa e, como era à noite, tive que ficar enrolando até que minha mãe quase me achar. Tive a brilhante ideia de subir numa árvore que não me foi solidária, me deixou na mão, ou melhor, quase me deixa sem mãos. Resultado: tombão, gesso, dez pontos na cabeça e muitos dias sem ir às aulas (na época foi lindo). Teve até um dedinho quebrado de bônus quando eu quebrei o rodo nas costas do meu irmão e ele me jogou uma tora na mão. Em outra ocasião, minha mão foi quebrada inteira com um caloroso aperto de mão de um babaca do trampo. B.O., gesso, climão e atestados. Até meu filho já quebrou meu dedão quando fui impedir que ele chutasse o rosto de minha filha. Bem feito, virei dondoca, não fazia nada e creio que isso foi muito bom para sua aprendizagem e autonomia, além de me fazer aprender a assinar com a mão esquerda.

Cabeça: vamos deixar essa parte meio quieta para não comprometer minha imagem perante vocês, apesar de ela ter sido quase esmagada no portão eletrônico num teste de você-não-me-pega frustado e meu nariz moído numa briga nada amigável com meu maninho que achava lindo bater minha cabeça na parede até sangrar bastante. Essa teve até anestesia e internação pra consertar o bichinho. Mas ele ficou lindo!

Membros inferiores: Aos 12 eu sacaniei meu irmão na escola e ele, muito santo, me empurrou da escada. Foi-se o joelho. É incrível, mas quando quebram-se as juntas o melhor é juntar e ensacar mesmo, vai tudo pro saco, nunca mais volta a ser o mesmo. Mais gesso e dias sem aula. Pra vocês não acharem que tudo foi castigo divino, o meu dedinho do pé magoou-se numa singela chuva de verão, na varanda de casa, um ligeiro escorregão de pés e babau. Confesso que subestimei o fato e fui numa balada louca numa pedreira, cheia de saltos altos. Me ferrei, voltei pra casa aos prantos e não levantava nem pra pegar água pra curar a ressaca. Recentemente, em outubro de 2007, numa etílica partida de futebol com as amigas, num lance que garantiria a partida, pabufi! Torci o tornozelo. Gesso e 15 dias assistindo sessão da tarde... aff. Não contente, após dez dias (!) fui a uma festa infantil e finalmente me deixaram brincar no pula-pula. Ficamos lá, duas orças se achando golfinhos. Era tanta bunda e celulite em movimento que deixaram a criançada com náuseas. Torci o outro tornozelo e como havia acabado de sair de um atestado, tive que trampar com gesso e tudo. Mas não me arrependo. Foram os melhores pulos da minha vida. Agora sei por que as crianças não ligam para aquelas delícias de salgadinhos.

Aff... Nunca imaginei que era tão cheia de não-me-toques. E dizem que vaso ruim não quebra. Por favor, queridos, não se magoem com meu irmão, ele se arrependeu de tudo isso. Amargamente. Podem ter certeza disso.
Para me emprestar uma agulha de tricô para coçar as partes engessadas, quebrar meu irmão ou me oferecer uma cervejada para compensar tanta dor: balzaquis@gmail.com

Balzaks - inteira por enquanto.

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