sexta-feira, 17 de abril de 2009

PAPAPAPAPAAAAAAA

Olha, nem sei se é justo escrever um post exclusivo sobre esse “cerumano”. Também não sei se a editora-chefe Balzacks vai aprovar a pauta. Mas é que eu tinha que escrever sobre essa criatura! E percebo que cheguei atrasada, porque é só dar uma “googlada” que você vai achar um monte de gente da crítica especializada (ou apenas alguns curiosos como eu) falando dela.
Trata-se de Mallu Magalhães, cantora (?) e compositora (?) brasileira que canta em inglês músicas ao estilo folk, com apenas 16 anos, fenômeno nacional da Internet, que começou bombando em seu myspace e ultrapassou as fronteiras da tal ferramenta com a divulgação virtual de suas canções. Antes de você pensar que esse é mais um texto que fala mal da tal garota (e vou avisando que é mesmo), cumpre esclarecer: eu tive contato com sua música logo que ela apareceu nos primeiros sites, bem no embrião mesmo. Eu sempre fui curiosa com esse lance de música e adoro dar uma fuçada em coisas novas, às vezes encontro muitas coisas que realmente valem a pena. E achei que com Mallu não seria diferente. Eu realmente gostei de sua música simples, do ritmo folk (coisa rara no Brasil), dos arranjos minimais, da voz suave e até um pouco indecisa, da doce inexperiência adolescente e despretensiosa. Além do mais a menina compõe em inglês e toca banjo, muito legal isso! Que garota de 15/16 anos toca banjo, não é mesmo? Pois bem, cumpri o ritual de sempre, baixei algumas músicas, vi alguns vídeos no youtube, li alguns comentários positivos. Achei tudo muito bonitinho e descompromissado, tive vontade até de voltar aos meus 15 anos.
Mas foi só a tal guria ter um pouco mais de espaço na mídia (a ponto de aparecer até no Domingão do Faustão) pra ela se tornar uma RETARDADA! Desculpem a linguagem agressiva, é que essa mina (mesmo sabendo que ela nunca vai ler isso) merece um chacoalhão!
Vale frisar que fico pasma com a Mallu em uma coisa: nunca vi um “cerumano” com uma capacidade tão grande ao REGRESSO! É um desafio à ciência isso. Explico: a Mallu, ao invés de progredir na carreira, na aparência, no traquejo com os holofotes, andou pra trás, regrediu!
Eu, quando apresento meus ouvidos a alguma novidade (seja um novo cantor, um novo álbum, uma nova música), sempre começo com um pé atrás. Geralmente não gosto muito, depois vou me acostumando, passo a gostar, até que não consiga tirar a tal novidade do repeat. Com a Mallu(ca) foi exatamente o contrário! A princípio eu gostei bastante das músicas, ouvi bastante, me identifiquei, depois simplesmente esqueci de ouvir, fui desprezando, até chegar ao ponto de achá-la chata e desafinada, de querer fazer seu CD de porta-copos (mas não deu, porque eu só tinha no formato MP3) e de mudar de canal toda vez que o comercial da Claro aparece com aquele interminável PAPAPAPAPAAAAA de música de fundo (sim, aquela chatice é dela). E percebi que não era só eu que sofria desse mal. As pessoas que eu conheço e que também conheciam as músicas dela começaram a achá-la bem chatinha, e na Internet (sua praia) começaram a pipocar comentários de que a música já tava enchendo o saco.
Agora, quanto à Mallu em si, a regressão que essa garota apresentou é algo assustador. A começar pelo layout da mina. Antes, apenas uma loirinha sem graça que precisava ser apresentada ao maquiador e ao cabeleireiro e que passava até por bonitinha. Inclusive seu ar blasé e sapeca combinavam muito com sua música. Mas hoje em dia, valha-me Deus! Sempre com o cabelo amarfanhado, com um corte masculino (que ela faz questão de bagunçar ainda mais em público), uns óculos enormes e horrorosos, paletó emprestado do avô, camisetona larga e (muito) usada, galocha ou tênis sujo. Quer parecer rebelde? Eu não acho que a combinação “óculos da Chiquinha - paletó do avô - galochas” cumpra tal função, não...
Futilidades e aparência à parte, o processo de regressão da Srta. Mallu(ca) não para por aí. O que mais me impressiona é a volta à infância. O natural seria que a gente, ficando mais velho, fosse ficando mais maduro e falando menos bobagem, certo? Com a Mallu ocorre o contrário. Cada dia ela está mais, digamos, infantilizada (ou retardada mesmo se preferirem). Solta umas frases sem o menor sentido, olha pra onde não tem que olhar, não sabe se posicionar no palco, tenta falar difícil e não fala nada, enfim, só faz merda, um desastre ambulante e um ícone da vergonha alheia nacional (juro que quando ela aparece na TV mudo de canal porque sinto vergonha das hagadas que ela faz).
Para quem duvida das suas malluquices, abra as pérolas (Domingão do Faustão e Altas Horas) e tire suas próprias conclusões.
Ah, não poderia deixar de comentar: um dos maiores motivos que faz a Mallu aparecer na mídia é seu namoro assumido com Marcelo Camelo, ex-vocalista da banda Los Hermanos . Quero deixar bem claro que ADORO o Marcelo Camelo, tá? Podem falar mal, quem conhece a obra dele além de Anna Júlia sabe do que eu tô falando. Pelo menos pra mim, o cara é um puta compositor, autor de algumas das melhores frases de música que eu conheço, apesar de ser meio afônico como cantor. Aliás, devo confessar que eu acho ele um charminho (eu curto esses tipos estranhos). Mas olha, namorar a Malluca? Não dá!
Não que eu acho que ela não deva namorar, claro que deve, mas que namore alguém com a mesma capacidade de comunicação e idade mental, né? Nem acho tããão terrível assim uma mina de 16 namorar um cara de 30, como a imprensa apregoa. Mas me fala, o que ele viu nessa garota? Eu imagino ele no violão, cantando pra ela a alguma música obra-prima que fez em sua homenagem e ao terminar e perguntar o que ela achou ela responder: “Quero mais Toddynho!”. Não adianta, pra mim é tudo estratégia de marketing, só pode ser.
É claro que existem muitos e ardorosos defensores da Mallu(ca) (seriam eles os malluquetes?), que dizem que a mídia está pressionando muito a guria, que ela não está tendo o devido respeito, que ela só tem 16 anos. Mas péra lá. Eu, aos 16 anos (aposto que você também), sabia muito bem articular uma frase com mais de 10 palavras sem parecer que tinha tomado uma cartela de Dramin! Tudo bem que eu não sabia tocar banjo, mas isso é um mero detalhe (rsrsrs).
Na verdade, eu realmente torço para que o processo de regressão de Mallu se interrompa. Torço para que a Malluca volte a ser a Mallu. A menina tem talento, é inegável. Só precisa fazer a lição de casa do que é ser uma verdadeira artista. Nem que para isso precise contratar os serviços de uma ótima assessoria de imagem e comece a estudar um pouco mais música. Porque os seus tempos da Internet e dos meios moderninhos e alternativos se expandiram bastante!

Angels

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