quinta-feira, 6 de maio de 2010

LEI DO CUSTO-BENEFÍCIO

Muitas vezes nos perguntamos por que aquele relacionamento que tinha tudo pra dar certo simplesmente não deslancha. E acabamos por colocar a culpa no cueca (“será que ele é lerdo?”) ou na gente mesmo (“será que sou chata?”) e não atentamos pra um fator muito importante e que muitas vezes é colocado de lado - é a chamada “LEI DO CUSTO-BENEFICIO”. Explico: quando conhecemos alguém bacana, a princípio, as expectativas que formamos em torno dessa pessoa vêm acompanhadas por muitas dúvidas. Afinal, em pouco tempo de convivência, não conhecemos ninguém de verdade. É preciso um tempo para o famoso “se conhecer melhor”, vários encontros, conversas, para isso foi criado o “ficar” que se tornou muito importante pra sabermos se vale a pena “investir” ou não em alguém.
E quando falo em “investir” tô falando em grana mesmo. Calma, não se trata de casa, comida e roupa lavada pra conquistar ou ser conquistada. Mas, em alguns casos, tanto o homem quanto a mulher terão que dispor de algum dinheiro para pôr em prática essa relação.
Mais uma vez, me explico: muitas vezes o destino, esse zombeteiro, faz a gente se interessar por pessoas um pouco mais... inacessíveis. Ou que moram longe, ou que têm um nível econômico diferente do nosso, ou que gostam de programas diferentes dos que a gente gosta, etc, etc, etc. Portanto, quanto maiores as diferenças, mais difícil fica pra gente poder se envolver mais com a pessoa, pela questão prática do “custo-benefício”.
O exemplo mais clássico é das pessoas que moram longe: às vezes o cara é MARA, tá realmente interessado em você, procura demonstrar isso, mas o relacionamento não consegue engrenar, porque faltam encontros, oportunidades para vocês se verem, e a coisa pode acabar esfriando. O que acontece, na verdade, é que o sujeito coloca na balança a vontade que ele tem de ficar com você, com a possível impossibilidade de chegar até você. Se questiona se realmente vale a pena viajar quilômetros, pagar pedágio, combustível, muitas vezes até passagens de avião, pensar em hospedagem, no que vai gastar com a moça, grana pra passar aquele final-de-semana, etc, etc, e a conta acaba ficando salgada pra um encontro com uma pessoa que ele conhece tão pouco e nem sabe se vai dar em alguma coisa. Lei do Custo-Benefício, ora!
A passividade feminina na hora da conquista acaba contribuindo ainda mais pra isso. É praxe (e eu acho mais do que correto) que a garota seja procurada, e, por sua vez, que o homem demonstre mais descaradamente o seu real interesse. Por isso, essa “obrigação” de correr atrás fica quase sempre a cargo do homem, e, principalmente no início de um potencial relacionamento, isso fica mais evidente ainda.
Acontece que muitas vezes o tão esperado encontro acaba sendo uma decepção, pra uma ou pra ambas as partes. Pode ser que não role sexo, pode ser que não role química, pode ser que aquela pessoa suuuper bacana se revele em alguém suuuuper babaca, em um simples feriado prolongado de convivência mais próxima. E aquele que gastou seu tempo e dinheiro investindo em quem não vale a pena vai ficar muito irritado se isso acontecer. Por isso que, principalmente os homens, que são mais práticos por natureza, acabam por levar muito em conta a Lei do Custo-Benefício, e acabam optando por evitar investimentos de risco.

Mas isso também ocorre é claro, com nós mulheres. Vivemos aplicando a Lei do Custo-Benefício em relacionamentos. Um cara de certa idade que não tem emprego fixo, carro ou grana pra te levar em um lugar legal perde pontos. E isso não é interesse, é somente o custo-benefício sendo aplicado por uma mulher que não quer pagar todas as contas pra poder ter encontros decentes. Recentemente um semi-namoro meu terminou porque eu simplesmente não quis viajar muitos quilômetros pra passar um feriado com o cara, e ficar na casa dele. Achava isso invasivo e arriscado, já que não tinha certeza se eu realmente queria algo sério com ele. Levei a fama de egoísta pra baixo, mas não abri mão de pesar na balança o custo-benefício.

Apesar de entender e acabar aplicando a Lei do Custo-Benefício, ainda sou uma otimista. E acho que, se tiver que acontecer, o benefício sempre vai falar mais alto. E o custo vai virar investimento com retorno garantido.
Angels

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito racional... mas não sei... parece que tem algo me incomodando. Eu até que concordo, até porque, na prática sou mais vítima do que usuário dessa regra...

Shisuii

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny