quinta-feira, 20 de maio de 2010

A CANTADA PERFEITA


Cantadas são uma instituição masculina. Os homens adoram dar cantadas, isso é mais forte que eles. Mas, muitas vezes, as cantadas desagradam, soam meio “pedreiro”, e acabam tendo efeito contrário para o público-alvo.
Mas afinal, do que é feita uma cantada perfeita?
Na verdade, se eu falar uma frase ou algumas, ficaria muito restrito. O que vale é o conjunto de cantadas, olhares, gestos, enfim, toda a atenção voltada à calcinha, que se resume à palavra que nós, paulistas chamamos de xaveco. Eu prefiro chamar de flerte, que apesar de antigo é bem mais educado e tem um certo charme vintage.
Semânticas e fru-frus à parte, afinal esse post é destinado aos cuecas, o que eu quero dizer é que, logicamente, na hora de cantar uma mulher, você não precisa seguir uma cartilha de frases feitas, nem tentar ser quem não é. Muito pelo contrário, quanto mais espontâneo você for, mais certeiro vai ser o tiro.
Mas então, o que fazer para se aplicar uma ótima cantada?
Primeiramente, seja direto, mas não seja grosso. Nada mais pirralhesco do que ouvir um “oi, tudo bom?” seguido de um “vamu beijá?” (sic). Desnecessário mencionar que o estilo caminhoneiro/pedreiro não faz e nunca fará sucesso. Expressões como “ow lá em casa”, “nora que mamãe pediu a Deus” e afins só servem pra fazer piada, ok?
Entabulado o primeiro “oi” entre você e a garota, converse, dialogue... Silêncios constrangedores têm esse nome porque de fato o são. Assunto? Sei lá, cada um tem um estilo e gosta de alguma coisa, o importante é que o assunto seja interessante a ambos. Falar de Star Wars durante uma hora e meia brocha até atriz de filme pornô.
UM assunto só, por mais interessante, também não pode, varie, gesticule, principalmente, ESCUTE. Mulher adora falar, e sempre fala demais, deixe ela falar. Mas não deixe virar um monólogo da vagina. Pontue com comentários pertinentes e certeiros. Tenha o timming correto para interrompê-la sem parecer deseducado e pontue assuntos banais com elogios pessoais. Sim, elogie. Mas não faça uso excessivo dessa ferramenta, senão fica grudento e soa falso. Um dia fiquei com um cara que dizia minuto a minuto “como é lindo seu rosto”, tantas e repetidas vezes que era um saco. Dê atenção, mas não seja grude. Jamais fale com a moça como se ela fosse uma criança (deixe pra fazer isso quando estiver namorando e ficar ridículo for normal).
Mantenha a aura de mistério. Se homem adora cu doce de mulher, mulher também adora um “será que ele quer mesmo?”. Um quê de mistério com a dose certa de atenção, nada de ficar esperando do lado de fora do banheiro, se estiver com ela em uma festa, por exemplo, dê uma sumida estratégica, porém, que não deixe a moça com cara de “tô esperando meu aspirante a ficante, que ele volte logo ou encaro outro”.
Use do senso de humor. Mulheres adoram homens que as fazem sorrir. Porém, jamais seja Bozo. Amigo Bozo já é chato, pretê Bozo é demais!
Se for o caso de cantar on line, via msn, testemonial, SMS ou coisa que o valha (vai saber o que esse povo da internê ainda vai criar), muita, mas redobrada atenção no português. Se não souber uma palavra, não a use, ou melhor, procure um dicionário antes de escrever um “vc eh muito sençual”. Nada de miguxês, internetês ou qualquer retardadês. Abreviações, no máximo um “vc” e um “tb”, mais que isso fica parecendo emo. Mas também não é porque você está usando a língua de Camões que tem que escrever que nem ele. Eu tinha um estagiário que mandava emails pras meninas com frases tipo “Amor é fogo que arde sem se ver”. Além de ser plágio, tem pelo menos uns 500 anos de desuso. Seja culto, não seja chato.
Tirando isso, mantenha um layout apresentável, tenha uma certa cultura geral, pratique bons hábitos de higiene, tenha um mínimo de condições financeiras pra não levar a moça num podrão no primeiro encontro, enfim... Acho que é isso... Só isso.

Angels

terça-feira, 18 de maio de 2010

Coisas idiotas

AS COISAS IDIOTAS QUE EU FAÇO


Versão Angel:

Às vezes, dou “boa-noite” pro William Bonner (pra Fátima não dou, ela é muito esnobe)
Faço a dancinha da vitória quando ganho no golf do Nintendo Wii de uma garota de 09 anos, e ainda a provoco dizendo que “pra jogar golf tem que ter estilo” (isso porque nunca pisei num campo de golfe de verdade)
Falo com meu carro com voz de retardada quando ele volta do lava-rápido como se ele fosse um cachorrinho voltando do pet shop.
Quando ninguém tá olhando, depois de tomar café passo o dedo no fundo da xícara pra lamber o “açuquinha” que fica grudado no fundo, que é a melhor parte do café.
Olho discretamente para garotos de 16 anos andando com uniformes de escola na rua e penso “daqui a uns anos... hummm”
Quando estou ociosa, toco na mesa a única música que aprendi no piano quando eu tinha 8 anos (é um “air guittar” mais pra “table piano”).
Chamo meu cachorro de “príncipe” e “tesouro” só porque ele se chama Kiko (e pasmem, ele não virou viado ainda)
Dou apelidos pra todo mundo e sinto um prazer mórbido quando eles pegam.
Cito frases do “Chaves” como se fossem verdades universais.
Faço auto-cafuné na minha cabeça quando estou pra baixo.

Sim, torço pro Corinthians.

Angel

Versão Balzaks:

Ta, eu também sou muito idiota e isso não é um grande segredo, embora ainda não saia isso numa pesquisa do Google.
Por que? Oras...
Eu morro de rir, até sozinha, das piadas mais infames e cretinas.
Eu não assisto novelas, mas leio os resumos apenas para contar as mentiras mais bizarras pra quem assiste – há pessoas tão idiotas quanto eu, pois acreditam.
Compro filmes piratas de vendedores que juram que não foram gravados em cinema.
A história de lamber o açúcar do fundo da xícara de café aí de cima eu achei nojento, mas eu lambo caixinha de creme de leite.
Quanto ao ‘Chaves’, eu costumo fazer aqueles chutinhos dele quando estou irritada.
Acredito que nada dará certo se eu não disser as palavras mágicas : “Tchuin-tchuin-tchunclain!”, daquele episódio do Chaves.
Eu canto musiquinhas de espera ao telefone antes de chamar alguém pra atender.
Eu pulo frestas de calçadas.
Não posso ver uma amarelinha pintada no chão.
Eu finjo que não entendo as piadas só pra me explicarem ela.
Eu sempre engulo chicletes – não contem aos meus filhos!!!
Eu mantendo roupas do século passado em meu armário, mesmo sabendo que nunca mais vai me servir ou eu teria coragem de usar.
Eu estrago o esmalte TODAS as vezes que saio da manicure.
Ainda sonho em conhecer alguém como o Kevin da série ‘Anos Incríveis”
Eu saio dando pulinhos e ensaiando dancinhas ao sair do trampo na sexta-feira.
Cada vez que leio a palavra ‘Pare’ em algum documento oficial do meu trampo, eu imito a Vanderléia. Ou canto a música da Stephanie do cross fox quando alguém diz que não tira alguma música da cabeça.
Eu canto a musiquinha do “Yin Yang You” (desenho da TV Globinho) cada vez que ganho alguma parada.
Sempre acho vai dar tempo de ir embora quando está formando aquela tempestade.
Por fim, sempre acho que alguém vai achar graça nos textos que escrevo.

Ah... Não! Eu não sou corinthiana. Ainda tenho salvação.
Balzaks

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Notícias que me emputece (6?)

Do G1, com agências internacionais *

Sete crianças e uma professora foram esfaqueadas e mortas durante um violento ataque a uma creche no noroeste da China na manhã desta quarta-feira (12), no quinto caso semelhante registrado no país desde 23 de março. Pelo menos mais 12 pessoas foram feridas durante as agressões, informou a agência estatal chinesa Xinhua.
A estatal havia informado anteriormente, com base na informação de Liu Xiaoming, porta-voz da cidade de Hanzhong Nanzheng, que sete crianças morreram durante o ataque. Mas Xiaoming corrigiu a informação à Xinhua, ao incluir mais uma vítima fatal, a professora Wu Hongying.
Entre as crianças mortas, estão cinco meninos e duas meninas. As idades não foram informadas. Onze crianças e um adulto ficaram feridos e foram levados para um hospital da região. Duas crianças estariam em estado grave.
O ataque ocorreu numa creche no município de Hanzhong Nanzheng, na província de Shaanxi, por volta de 8h (21h de terça-feira, 11, em Brasília) .
Segundo a Xinhua, o responsável pelo ataque, um homem de 48 anos identificado como Wu Huanmin, se matou. De acordo com versão das autoridades locais, o homem deixou o prédio após as agressões e voltou para casa, onde se suicidou. O motivo do ataque não é conhecido.
Polícia mata homem em novo ataque contra crianças na capital da China Homem fere cinco crianças em escola e depois se mata na China Homem com faca ataca e fere 28 crianças em escola na China Série de ataques
A série de agressões na China começou no dia 23 de março, quando Zheng Minsheng, um cirurgião que tinha perdido seu trabalho e sua namorada, matou a punhaladas oito crianças e outras cinco na porta de um colégio na província sudeste chinesa de Fujian.
Zheng foi condenado à morte, e no mesmo dia de sua execução, 28 de abril, outro homem armado com uma faca feriu 16 crianças e um professor na província sulina de Cantão.
Um dia depois, outro homem feriu com arma branca 29 crianças e três adultos em uma creche da cidade de Taixing, na província oriental chinesa de Jiangsu.
Passados mais dos dias, em 30 de abril, cinco crianças e um professor ficaram feridos quando um homem os atacou com um martelo de ferro, para depois se matar em um jardim de infância na província de Shandong (leste da China).
Antes, em 13 de abril, outro homem, armado com uma faca de cozinha, atacou crianças e adultos em uma escola de Sichuan (sudoeste), causando a morte de um menor de idade e uma mulher e ferindo outros três estudantes.
Os incidentes, causados todos por homens de 30 ou 40 anos, alertou o país, e, por isso, desde 4 de maio há mais guardas de segurança trabalhando nas portas dos colégios. Em algumas zonas do país foi pedido a policiais e guardas alocados junto a escolas que "disparassem para matar" qualquer suposto atacante.
*****
Eu ia me dar ao trabalho de contar quantos mortos e feridos por esses loucos, mas desisti, perdi a conta.
Mas, vamos analisar as datas: os ataques vêm acontecendo desde 23 de março, perderam-se muitas vidinhas inocentes, e apenas em 4 de maio resolveram reforçar a seguranças nas creches. E que *orra é essa que tá dando no povo de estressar e sair esfaqueando criancinhas???
É claro que isso só acontece na China! Aqui no Brasil os caras matam moradores de rua não por estresse, mas por pura farra. E, segundo dados divulgados no programa da Sílvia Popovic (É, eu to gripada, de molho, e fiquei assistindo essas coisas), a cada 10 horas uma criança é assassinada no Brasil. E, geralmente, os assassinos são pessoas próximas à criança.
OK! Parem esse carrossel doido. Enjoei e quero descer.

Balzak

domingo, 9 de maio de 2010

Só as mães são felizes




Primeiramente, um FELIZ DIA DAS MÃES pra minha, pra sua, pra nossa mãe, e, principalmente, pra Balzacks, esse ser celestial que teve o bom gosto de fazer dois filhos lindos e cuidar deles com uma força de leoa!
Maaas, como nesse blog a gente adora desafinar os violinos do fundo musical, estou aqui com a ingrata (e não menos divertida) tarefa de falar um pouquinho do lado B dessas adoráveis genitoras.
Se você perguntar pra qualquer mãe o que ela quer pros seus filhos, ela vai piscar as pestanas languidamente e dizer “eu só quero que eles sejam felizes”. Mentira!!! As mães querem que seus filhos sejam bonitos, pra fazer inveja pra todo mundo (fui eu que fiz), sejam saudáveis e viverem bastante pra cuidar delas, tenham múltiplos talentos pra virarem motivo de orgulho familiar, sejam espetacularmente inteligentes para conseguirem todo o poder que o mundo possa lhes proporcionar e que conheçam um companheiro ou companheira que respeite incondicionalmente todas as opiniões daquela que os colocou no mundo.
Basicamente, é isso aí. É por isso que as mães pegam no pé pra comer direito, pra estudar, pra andar em boas companhias, pra dizer sempre a verdade e pra não andar descalço no chão frio. Mamães adoram ter o controle da situação. Adoram saber de tudo o que acontece com os seus rebentos, afinal, é muito injusto colocar um sujeito no mundo, caprichar tanto no layout, fazer inúmeros sacrifícios pessoais pro mesmo fazer um bando de cagada e enfiar a vida naquele lugar.
Afinal, se realmente as mamães colocassem em prática a máxima do “fazer meus filhos felizes”, o mundo seria mais bagunçado que cesta de brinquedos.
A felicidade pra um garoto talvez seja ficar até tarde brincando no flipper com aquela molecada de má índole, fumar escondido e roubar ki-suco no supermercado. Já pra uma doce menininha felicidade pode ser estragar o estojo de maquiagem da mãe borrocando a cara de blush, comer doce antes do jantar e brincar de aventura naquele matagal escuro. Quando mais velhos, felicidade talvez seja fazer racha com o carro do pai, sair com aquele cara cafajeste acreditando nas suas falas promessas, enfim, erros que deixariam qualquer mãe de cabelo em pé e, portanto, lhes dão o direito de dizer NÂO às trapalhadas de seus rebentos.
Por isso, a gente acaba concordando: mãe pode tudo, e chantagem emocional vem no pacote, não tem jeito!
O jeito é tentar ouvir o que elas têm a dizer, e fazê-las felizes, porque, na real? SÓ AS MÃES SÃO FELIZES!
 Angels

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pãe!


O que é ser pãe?
Não é só a junção de mãe e pai.
Não é só ficar louca quando aquele pedacinho de carne se contorce de cólicas e você praticamente não pode fazer nada. E passa os três intermináveis meses com cara de zumbi escarrado.
Nem ficar azeda com os momentos fisiológicos de seus bebês.
Não é virar psiconeurótica nos supermercados, shoppings e lanchonetes, correndo atrás de seus pimpolhos para eles saírem das luminárias ou de cima das prateleiras.
Não é só ficar com os olhos esbugalhados quando sua eterna criança começa a ter penugem no buço, pêlo no saco e congestiona o banheiro da casa. Além de te olhar com carinha de esnobe.
Não é também ficar de cara quando sua garotinha de apenas 7 anos cola na prova, muito menos quando ver as mechas rosas que ela fez no cabelo.
Isso sem falar quando ela aparece em casa com uma aliança de compromisso, com apenas 9 anos de idade!!!
O sofrimento de ver seus filhos desaparecerem por horas e depois descobrir que estavam nadando em um córrego fétido não influencia muito no ‘ser mãe’.
Os tombos, as queimaduras de 3° grau, as doenças quase fatais e o dinheiro gasto com chicletes (que juntando tudo, daria para trocar os dentes pelos de ouro)...

Tudo isso é quase que imediatamente esquecido quando você acorda de manhã e se depara com aqueles rostinhos roliços, macios, serenos, remelentos e dóceis...
Quando caem fofos de bunda no chão ao se virar para receber sua aprovação ao mostrar seu primeiro andar cambaleante.
Ficar com a cara de babaca achando o ser o mais inteligente e estratégico do mundo quando eles vêm com aquele 171 para se livrar de uma tarefa ou justificar um erro.
Quando te fazem café-da-manhã com bolachas, “velantas”, “qui tas”, eno-laranja, carolinas - que sinceramente eu não gosto, mas nunca confessarei a eles -, florzinhas de mato e as melhores caras safadas do mundo.
A melhor homenagem que eu poderia receber Deus já me deu.

Balzaks
Ao Lucas e à Luana

quinta-feira, 6 de maio de 2010

LEI DO CUSTO-BENEFÍCIO

Muitas vezes nos perguntamos por que aquele relacionamento que tinha tudo pra dar certo simplesmente não deslancha. E acabamos por colocar a culpa no cueca (“será que ele é lerdo?”) ou na gente mesmo (“será que sou chata?”) e não atentamos pra um fator muito importante e que muitas vezes é colocado de lado - é a chamada “LEI DO CUSTO-BENEFICIO”. Explico: quando conhecemos alguém bacana, a princípio, as expectativas que formamos em torno dessa pessoa vêm acompanhadas por muitas dúvidas. Afinal, em pouco tempo de convivência, não conhecemos ninguém de verdade. É preciso um tempo para o famoso “se conhecer melhor”, vários encontros, conversas, para isso foi criado o “ficar” que se tornou muito importante pra sabermos se vale a pena “investir” ou não em alguém.
E quando falo em “investir” tô falando em grana mesmo. Calma, não se trata de casa, comida e roupa lavada pra conquistar ou ser conquistada. Mas, em alguns casos, tanto o homem quanto a mulher terão que dispor de algum dinheiro para pôr em prática essa relação.
Mais uma vez, me explico: muitas vezes o destino, esse zombeteiro, faz a gente se interessar por pessoas um pouco mais... inacessíveis. Ou que moram longe, ou que têm um nível econômico diferente do nosso, ou que gostam de programas diferentes dos que a gente gosta, etc, etc, etc. Portanto, quanto maiores as diferenças, mais difícil fica pra gente poder se envolver mais com a pessoa, pela questão prática do “custo-benefício”.
O exemplo mais clássico é das pessoas que moram longe: às vezes o cara é MARA, tá realmente interessado em você, procura demonstrar isso, mas o relacionamento não consegue engrenar, porque faltam encontros, oportunidades para vocês se verem, e a coisa pode acabar esfriando. O que acontece, na verdade, é que o sujeito coloca na balança a vontade que ele tem de ficar com você, com a possível impossibilidade de chegar até você. Se questiona se realmente vale a pena viajar quilômetros, pagar pedágio, combustível, muitas vezes até passagens de avião, pensar em hospedagem, no que vai gastar com a moça, grana pra passar aquele final-de-semana, etc, etc, e a conta acaba ficando salgada pra um encontro com uma pessoa que ele conhece tão pouco e nem sabe se vai dar em alguma coisa. Lei do Custo-Benefício, ora!
A passividade feminina na hora da conquista acaba contribuindo ainda mais pra isso. É praxe (e eu acho mais do que correto) que a garota seja procurada, e, por sua vez, que o homem demonstre mais descaradamente o seu real interesse. Por isso, essa “obrigação” de correr atrás fica quase sempre a cargo do homem, e, principalmente no início de um potencial relacionamento, isso fica mais evidente ainda.
Acontece que muitas vezes o tão esperado encontro acaba sendo uma decepção, pra uma ou pra ambas as partes. Pode ser que não role sexo, pode ser que não role química, pode ser que aquela pessoa suuuper bacana se revele em alguém suuuuper babaca, em um simples feriado prolongado de convivência mais próxima. E aquele que gastou seu tempo e dinheiro investindo em quem não vale a pena vai ficar muito irritado se isso acontecer. Por isso que, principalmente os homens, que são mais práticos por natureza, acabam por levar muito em conta a Lei do Custo-Benefício, e acabam optando por evitar investimentos de risco.

Mas isso também ocorre é claro, com nós mulheres. Vivemos aplicando a Lei do Custo-Benefício em relacionamentos. Um cara de certa idade que não tem emprego fixo, carro ou grana pra te levar em um lugar legal perde pontos. E isso não é interesse, é somente o custo-benefício sendo aplicado por uma mulher que não quer pagar todas as contas pra poder ter encontros decentes. Recentemente um semi-namoro meu terminou porque eu simplesmente não quis viajar muitos quilômetros pra passar um feriado com o cara, e ficar na casa dele. Achava isso invasivo e arriscado, já que não tinha certeza se eu realmente queria algo sério com ele. Levei a fama de egoísta pra baixo, mas não abri mão de pesar na balança o custo-benefício.

Apesar de entender e acabar aplicando a Lei do Custo-Benefício, ainda sou uma otimista. E acho que, se tiver que acontecer, o benefício sempre vai falar mais alto. E o custo vai virar investimento com retorno garantido.
Angels