sexta-feira, 26 de novembro de 2010

No mother, yes drugs?? What? Cuméisso?

Aproveitando a onda emputecedora da semana, não posso deixar de comentar sobre a sessão da Câmara de vereadores de minha cidade ocorrida em plena segundona.

A coisa transcorria normalmente, ou seja, com toda aquela babozeira de tapa-buracos, PAC, trânsito e outros assuntos que não passam disso: assunto pra assuntá, quando um benedeto de um Edil resolve falar de combate ao uso de drogas. Pronto, desandou. Todo mundo queria falar um bonde sobre o assunto. Foram cerca de duas horas de discussão, onde só se salvou um trecho onde alguém dizia que o problema tava na educação.

O mais absurdo, inadmissível e inacreditável foi ouvir que os jovens e as crianças se envolvem com crack porque suas mães trabalham e deixam os filhos ‘livres’ em casa.

Porra! Segunda-feira braba, depois de um dia todo de trampo, deixando meus filhos em casa para continuar trabalhando para eles e ser obrigada a ouvir isso!! Caraivéi.

Minha vontade era de abandonar o trampo e ir embora ver se meus filhos estavam chapados em casa.

Mãe fiduma não deixa os filhos em casa para trabalhar, deixam por outros motivos bem mais sórdidos. E se deixam para trabalhar é porque esses engravatados não as proporcionaram estrutura eficaz que permita que uma mãe deixe seus rebentos em segurança para poder trabalhar tranqüila. Mas cadê vaga, doutor?

As que pagam escolinhas já se borram de medo, devido aos vídeos mostrados na mídia sobre espancamento e tortura de criancinhas.

Se analisarmos estudos de psicológicos e afins, veremos que muitos jovens começam a usar drogas devido a distúrbios familiares.

Não conheço nenhum filhodaputinha drogadinho que diga que começou a se craquear porque a mãe trampava fora.

Aliás, minha mãe trabalhou durante toda a minha vida... Tá, não sou um bom exemplo. Esqueçam.

Pô, até a Adriana Galisteu passa apertado com filho-trampo-casa.

E o pai nessa história??

Nem pensem que to insinuando que eles devem ‘prover sua fêmea e seus rebentos para que ela não precise trabalhar’. Não estou falando em cinderelas.

As mães devem trabalhar para elas, para a casa e para servir de bom exemplo aos filhos. Por uma questão de valores, morais e financeiros, oras, a coisa num tá bolinho.

O que me deixa puta é os homens se isentarem de qualquer ônus disso tudo. Ué, ele não tava trabalhando? E o caso de ausência ou mesmo abandono afetivo-financeiro de tantos outros não conta?

Os próprios nobres edis não estavam longe de seus rebentos no momento da sessão? Será que suas esposas, mães, namoradas e irmãs não trabalham. São todas vagabas ou cinderelas?

Passo a palavra. Resolvam esse barulho.

Balzaks

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