segunda-feira, 25 de maio de 2009

A sangria desatada

Estou “naqueles dias”... Sim, estou naquele momento do mês em que recebo a boa notícia que, por pelo menos mais um mês, não vou ser mamãe, mas que, pelo menos por uma semana, vou comer o pão que o diabo amassou com a unha do dedão do pé!
Eu não sei vocês, garotas, que estão lendo esse post agora, mas eu, quando entro no meu “ciclo”, me transformo em uma pessoa inválida!
Tudo começa alguns dias antes... choro vendo telejornal quando a Fátima Bernardes diz que o preço da gasolina subiu... choro quando penso no trabalho que se acumula na minha mesa... choro assistindo desenho na sessão da tarde... daí quando minha mãe me pede pra lavar louça, grito com ela como se tivesse me chamado de “filha da puta”... Destrato meus pobres clientes, distribuo buzinadas pra todos os motoboys que passam pelo meu caminho... e quando chego em casa, choro mais um pouco... Maldita TPM!!!! Pior que eu sei a causa do meu descontrole... ”aqueles dias’ estão chegando... Mas mesmo ciente da causa, não consigo me controlar... quando vi, já dei piti.
Até que, enfim, a maledeta chega... a MONSTRUAÇÂO!!! Sempre chega alardeando sua presença, quase sempre numa segunda-feira (que dia mais feliz!) e me acorda na madrugada de domingo, quando geralmente eu sonho que estou me contorcendo de dores, e acordo pra verificar que não é sonho não... tô urrando de dor de verdade.
Lá vou eu levantar cambaleante, verificar o lençol que está em um estado deplorável, trocar de roupa, colocar o maldito absorvente, tentar achar um remédio pra me dopar até as primeiras horas da manhã... Deitar e rolar de dor, de dor e de dor!!!!
Que coisa horrorosa!!! E sabe o que eu mais odeio? Comercial de absorvente!!!
Começa que não existe menstruação azul (alguém deveria dizer isso pros publicitários-cuecas que idealizam os comerciais). Segundo, porque uma mulher menstru nunca está feliz, sorridente e desinchada como as atrizes-propaganda dos comerciais. Nós ficamos feias, gordas, mal-humoradas e espinhentas.
Aquela conversinha mole do comercial de que “incomodada ficava a sua avó” é mentira da grossa. Eu fico muito incomodada sim, aliás, conforme eu disse acima, eu fico inválida!!
Morro de dor nas pernas, na barriga, nas costas, na cabeça, nos peitos (seria mais fácil descrever onde não sinto dor), tenho enjôo, não consigo comer direito (isso é bom hehe), o mau humor aumenta, meu cabelo fica oleoso, minha pele vira um chokito, tenho que caprichar no desodorante porque fico com “asa”, tenho que tomar 3 banhos por dia (porque, afinal, sou muito fresca e limpinha), fico barriguda, tenho que me dopar de remédios que me fazem ficar chapada uma semana inteira, e pior de tudo, tenho que trabalhar e fazer todas as demais atividades da semana como se nada disso estivesse acontecendo, porque nunca vi nenhuma desgraçada entrar em licença-saúde porque estava “naqueles dias”!
Eu sei que esse meu “momento Amy Winehouse de chico” vai acabar na próxima semana... eu sei que vou esquecer do meu martírio assim que ele acabar. Nós, calcinhas, temos a propensão natural de esquecer o que é dor (não fosse assim, ninguém teria o segundo filho depois de sofrer a dor do parto do primeiro, né?). Mas não é justo. Os cuecas-borradas jamais conseguiriam passar por um ciclo menstrual incólumes. Por isso mesmo é que a natureza não deu esse “presente de grego” pra eles.
Agora, com licença, vou trocar o absorvente, tá? Pouts, esqueci de novo... tem algum na bolsa pra me emprestar?
Angels

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Só na faixa

Queridos balzaquianos, todo mundo aqui e acolá sabe que eu sou uma muquirana de mão cheia, se é que isso é possível, logo, detesto vascaínos. Não tenho nada contra o time, então, concelem seus comentários sobre bambis.
Vascaínos é um termo nada piega às pessoas que sobrevivem nas costas dos outros, ou seja, na faixa. Sempre aparecem e sem nenhuma cerimônia serram tudo o que podem, mesmo que só tenhamos informações sobre horários de ônibus para fornecer. Não que eu seja tão regulada assim e nunca tenha serrado nada de ninguém, mas o tempo todo enche o saco, principalmente quando se trata de cueca-vascaíno. Sim, aí está uma boa dose de machismo, mas não aceito esse tipo de coisa. Tenho costume de rachar contas e até mesmo pagá-las inteiras, desde que não aconteça todas as vezes. Eu não respeito um homem que não tenha expectativa nenhuma de vida. Pode até ser um fudido, lascado, azarado, mas que tenha pelo menos tente fazer algo, mesmo que seja pra reclamar depois de não ter dado certo e continuar durango.
As pessoas imaginam que por você ser independente e gostar de curtir a vida, quer dizer que você está nadando em grana. Taí um momento propício para se usar a antiga e batida frase “Vê as pingas, mas não vê os tombos”, ou vice-versa.
Tive um encosto desses uma época e te digo que é foda. O bicho chegava a fumar meu último cigarro e ir embora descaradamente, sem ao menos avisar que você estava lascada. E nem sexo o cara fazia comigo pra ver se compensava. Se bem que acho que não me daria muito tesão um ser assim.
E quando o vascaíno ainda vem acompanhado? Seja namorado(a), amigo de infância, irmão caçula... Você tá ferrada mesmo. E nunca ele leva aquele primo mineiro/gato dele. Eu me sinto uma trouxa nessas situações, pois imagino que quando o vascaíno te vê de longe – é, eles te detectam há quilômetros – ele abre um sorriso orelha-a-orelha, prepara o gingado e pensa “Uh-hu! É hoje que eu tiro a barriga da miséria.”
Garrei um ódio desse povo e já que não dá para correr mais que eles, a melhor defesa é o ataque: serre dele antes. Já chegue pedindo um cigarro, fogo, o cú pra cinzeiro, horas, cafuné, carona ou mesmo para espremer um cravinho. Não dê tempo ao inimigo. É batata! O cara some à francesa antes de perder tempo ou algo mais com você e correr o risco de não mirar outro idiota mão-aberta. Mesmo porque você passa da situação de trouxa para concorrência. É claro que isso requer treino e horas de meditação sobre a atitude do inimigo, mas não desista.
Mas por favor, isso só vale para o público-alvo vascaíno, não vá pegar gosto pela coisa e sair filando tudo de todos e se justificar usando esse humilde blog. Muito feio isso e papai do céu castiga.

Agora... assim... Você tem um cigarrinho aí pra me arrumar?


Balzaks

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nana nenem, que eu vou te pegar

Clique aqui e assista ao vídeo

Hoje é dia de tema polêmico, mas muito sério no Papo Balzaquiano. Hoje é o Dia do Combate à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Devemos comemorar isso? Sei lá, mas acredito que devemos falar, refletir e botar pra quebrar mesmo sobre o assunto.
“Ai, credo, Deus me livre ficar falando dessas coisas! Ainda mais perto das crianças!”
Vai se foder se você pensa algo assim e sai do nosso blog. Na hora de achar uma belezinha o teu filho ou filha dançando na boquinha da garrafa ou mesmo se requebrando num bunda lelê ele pode saber sobre sexo - da pior e mais vulgar forma possível – mas quando ele deve conhecer o assunto para se defender ele vira bebê novamente. Eu considero não só necessário como primordial que role esse papo entre pais e filhos, professores e alunos, ou seja, adultos com crianças, de forma clara, concisa, sincera e com muitos – isso mesmo! – muitos detalhes e exemplos.
O grupo de teatro Soarte de Ourinhos (SP) mostra muito bem essa ideia em sua nova montagem “Isso pode, isso não pode” - olha o marketing! -, que de maneira lúdica ensina a criança identificar precocemente o abuso e a se proteger. Em sempre tive essa conversa com meus filhos e sei muito bem como dar exemplos, ainda mais porque já senti na pele tudo isso e tive que guardar isso por muito tempo, com consequências terríveis na minha vida sexual, por não conseguir confiar em ninguém da minha família para contar. Os seres que abusam de uma criança são tão tinhosos que nos convencem que nós temos culpa de tê-los ‘provocado’ e que nossos pais nunca acreditarão na gente. Então, sofremos e ficamos quietos temendo outros sofrimentos e repressões.
Conheço uma garotinha de 9 anos que não se deixa abusar. Numa situação um pivete miniatura de marginal encheu a mão na bunda dela. O que ela fez? Mete bronca e porrada mesmo e teve como conseqüência uma visita à diretoria da escola, repressão e falta de credibilidade dos seus adultos confiáveis, menos dos pais. Atitude totalmente condenável! Pode não ser pedagógico, mas eu a apoiei inteiramente. Nessa hora não existe essa de violência traz violência. Na hora de colocar esses barulhos horrendos que vocês chamam de música, fazendo apologia ao sexo animal e machista, em festinhas infantis, vocês ‘educadores’ não acham que estão cometendo e incentivando à violência? Se alguém se meter com meu corpo, sem permissão, ou de meus pimpolhos, eu entro na porrada mesmo, mesmo que responda séculos de processos. E os pais desse moleque também entram na porrada, pois os considero os maiores responsáveis por essa animalidade, este machismo infantil. Eles também devem achar um xuxu o moleque indo e metendo a mão onde não deve. E não gostam nada quando seus machinhos voltam pra casa com o nariz arrebentado. Ainda mais por uma menina! Amei!! Essa garota é das minhas.
Resumindo: se você deve permitir o contato de seus filhos com o sexo, mas de uma maneira que eles entendam do que se trata e no momento certo. E quebre essa porra desse cd do Latino e Cia.!

Balzaks

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A vida privada na privada

Estava eu zapeando os blogs dos famosos ontem (sim, tenho essa mania e acho muito lixo e muita coisa boa), li o blog do Tico Santa Cruz, dizendo que a mais nova mania da Internet, a tal “Felina” estava o convidando para, digamos, “participar” do blog dela. Como eu fiquei boiando sem saber do que se tratava, acessei o link do blog da tal garota (ou seria um garoto?) e descobri, por fim, qual é o conteúdo do site. Não vou aqui colocar o link pra vocês porque, digamos, é de muito mal gosto, e eu não vou divulgar nenhuma porcaria. Trata-se de uma moçoila (ou seria moçoilo?) cujo hobby preferido é fazer sexo pela sua webcam. Até aí, tudo bem, tem gente tonta pra tudo nesse mundo. Mas, o que impressiona é que os objetivos dessa criatura vão muito além de um “peguinha” virtual. O que ela gosta mesmo é de teclar com famosos (de atores globais a jogadores de futebol) e depois postar no seu espacinho on line as fotos do sujeito, com nome, sobrenome, e, principalmente, com a foto do “dito-cujo” do garoto em posição de ataque.
Digamos que se trata de um “CQC pornô”, onde ela consegue levar as celebridades a mostrarem (de graça) o que eles não costumam mostrar pra todo mundo ao mesmo tempo.
Confesso que fiquei indignada. Nem tanto pela atitude da garota (ou seria garoto?), porque a gente sabe que tem um monte de gente que faz qualquer coisa para aparecer na mídia, nem que seja sob um pseudônimo cafona e batido (“Felina”, aff). Mas fiquei mais indignada ainda com a atitude desses caras que se dizem famosos! Cadê o discurso do “eu preservo minha intimidade”? Será que eles acham que vão mostrar seu “Zé” pra uma piranha da Internet, colocar a cara amassada de quem tá descascando de madrugada na web cam e a interlocutora (ou interlocutor) realmente não vai fazer nada com esse material?
É óbvio que isso é um prato cheio pra qualquer papparazzi e hacker da vida!
Esses fatos só me levam a uma conclusão: homem é tudo testicocéfalo mesmo! É só uma vadia falar umas besteirinhas, mostrar o silicone pela câmera do computador, que o cara vira um zumbi, perde toda a noção de “preservação da imagem” e mostra o dito-cujo pra quem quiser ver! Antes de serem famosos, são cuecas, e como os cuecas são bobinhos!
Vale como alerta: garotas e garotos que estejam lendo esse blog, famosos ou não, PELAMORDEDEUS, se quiserem fazer sacanagem e não quiserem que a mesma seja divulgada, certifiquem-se que não haja nenhuma câmera por perto!
Não adianta, por mais que você confie em alguém, se te filmaram “de calça curta”, pra não falar coisa pior ou mais curta, mais dia menos dia alguém, além do ‘cinegrafista” vai assistir a esse momento constrangedor!

Angels

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A síndrome de Pollyanna

Acredito que todo mundo ou quase todo mundo já ouviu falar no livro Pollyanna e seu desdobramento – Pollyanna Moça,e, mais ainda, na personagem-título, uma garota tão doce e meiguinha cuja história resiste ao tempo. Para quem não conhece, vai aí um resumão da tal obra literária de Eleanor H. Porter:
O título refere-se à protagonista, Pollyanna Whittier, uma jovem órfã que vai viver em Beldingsville, Vermont com sua única tia viva, tia Polly. A filosofia de vida de Pollyanna é centrada no que ela chama "o Jogo do Contente", uma atitude otimista que ela aprendeu com o seu pai. Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos". (Fonte: Wikipédia – perdão, mas tenho preguiça de pesquisar em uma fonte mais “cabeça”, tá, pessoas?)
Bom, como eu ia dizendo, a tal da Pollyanna é uma menininha muito da bonitinha, muito da meiguinha, que comia o pão que o diabo amassou com o cotovelo, mas que sempre arrumava um jeitinho de ficar feliz, aplicando o tal Jogo do Contente nas situações mais emputecedoras possíveis, tipo, quando ela pediu uma boneca de Natal e ganhou muletas, aplicou ao fato o jogo do contente e ficou feliz porque não precisava usá-las. Ou então, quando a tia-bruxa a colocou de castigo em um sótão escuro, empoeirado e mofado e ela mais uma vez lançando mão do tal joguinho maroto, ficou feliz porque da janela do cárcere podia apreciar uma linda paisagem com passarinhos....
Ela é chata? Sim, muito. Não se fazem mais crianças como no começo do século passado? Não mesmo. Mas, tenho que dar o braço a torcer. Confesso que em muitos momentos da minha vida me pego aplicando o tal jogo do contente, o que criou até uma senha com um amigo meu, do tipo: quando a gente começa a reclamar muito da vida, um já fala pro outro: Pollyanna!!!! E a gente morre de rir tentando achar alguma coisa que se aproveite de uma situação-catástrofe.
Não que eu tenha vocação pra Pollyanna (é, desde criança eu era arretada), muito menos pra Pollyanna Moça, que cresceu mas continuou doce, meiguinha e insossa. Mas é que existem momentos tão TPM na vida da gente que não há o que se fazer: caso você não possa apertar o botão “Foder Tudo”, o jeito é apelar pro famigerado Jogo do Contente, e tentar arrancar da situação o que há de “menos pior”.
Exemplo: Meu carro enguiçou? Meu chefe me lascou? Tá chovendo e meu cabelo tá uma merda? Aquele carinha de sexta não ligou? Tô endividada? Relaxo e faço o jogo do contente: olho para minhas mãos e reparo que minhas unhas estão lindas e bem-feitas...sou realmente uma privilegiada!
E por aí vai. Apegue-se a qualquer coisa idiota que não vai mudar em nada seus problemas, mas que pode te dar uma alegria instantânea. Tem horas que não existe nada melhor do que enganar a nós mesmas. E a danadinha da Pollyanna sabia muito bem como fazer isso...

Angels

terça-feira, 12 de maio de 2009

Piadinhas cretinas

A professora da 6ª série perguntou para a turma:
- Qual é a parte do corpo humano que aumenta quase dez vezes seu tamanho quando é estimulada?
Ninguém respondeu, até que Natasha levantou, furiosa, e disse:
- Você não deveria fazer uma pergunta dessas para crianças da 6ª série. Eu vou contar para meus pais, e eles vão falar com o diretor, e ele vai demitir você, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente! E vai chamar o Conselho Tutelar pra lhe prender!
Para espanto da Natasha, a professora não apenas a ignorou como fez a pergunta novamente.
- Qual é a parte do corpo que aumenta em dez vezes seu tamanho quando é estimulada? Alguém sabe?
Finalmente, Rodrigo levantou-se, olhou em redor, e disse:
- A parte do corpo que aumenta dez vezes seu tamanho quando é estimulada é a pupila.
A professora disse:
- Muito bem, Rodrigo!
Então, voltou-se para a Natasha e continuou:
- E quanto a você, mocinha, tenho três coisas para lhe dizer: A primeira é que você tem uma mente muito suja para sua idade. A segunda: você não fez sua lição de casa. E a terceira: ...DEZ VEZES ??? hahaha... Um dia você vai ficar muito, mas muuuuito desapontada!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Coisas que a gente aprende na escola

Angels, em seu momento de romantismo, nos escreve sobre seu aprendizado na escola. Eu (Balzaks), em meu momento azedo, afugento as borboletas e quebro o violino do fundo musical.

- Folha de caderno e cuspe, ao serem misturados, se transformam em uma cola mais potente que Super Bonder; Aliás, é a única cola que gruda no teto e lá permanece por uns 20 anos
- O garoto mais bonito se transformará mais rápido no mais pançudo e careca. Isso serve pra garota mais bonita também, exceto pelo fato de que provavelmente ela não ficará careca. Ainda bem que não é o meu caso – como é doce o sabor da vingança!
- Aqueles revólveres de plástico com um líquido roxo dentro que vendem na cantina não são para beber, argh!!! e aquelas chupetas de pirulito causam cáries, sim! (mamãe sempre esteve certa)
- Logaritmo não serve pra nada. Sorte que não perdi tempo em aprender.
- Não é recomendável subir em muros, grades ou qualquer coisa que tenha uma altura maior que a sua. A não ser para matar aula para ficar com o amor da sua vida do momento.
- Queimada tem esse nome porque queima calorias (depois que você nunca mais jogar vai saber por que sua pança tá crescendo). Não vai dar uma de garotão(ona) e tentar jogar queimada agora, ridículo...
- Sim, é muito nojento “emprestar” seu chiclete usado pra alguém. Nunca mais faça isso, tá? Meu conceito sobre a Angels desceu para o nível -1 depois dessa.
- Sopa de ovo da merenda só é gostoso quando você tem menos de 10 anos. Depois, você nunca mais vai conseguir comer isso. Na minha tinha umas de baratas, minhocas, besouros - quando era de feijão - e as inesquecíveis sopas de fubá com couve. Aff, prefiro o líquido azul do revólver da cantina.
- Kichute nunca mais vai voltará à moda. Calça “fusô” também não. Essa parte é uma questão de paciência. Não sou tão crédula assim.
- Sua mãe odiava teatrinho infantil de final de ano. Só ia assistir por obrigação mesmo. A minha não ia nem no infantil, muito menos na fase adulta. Mamãe sempre foi muito sincera.
- Você não é a última das criaturas porque foi o último escolhido no futebol. Acredite, você vai superar isso. Logo depois que conseguir superar ser a última a ser escolhida nos bailinhos e a que mais permanece com a vassoura durante as danças. Ah!! E a última BV da turma também. Mas depois que deslancha, meu bem, a fila voa.
- Os inspetores de alunos sempre souberam que você ia naquele cantinho matar aula, fumar e beijar escondido. Só não iam atrás de você porque tinham mais o que fazer. Isso os inspetores, já as inspetoras... Quanta ociosidade!
- Matemática, português, história e educação artística? Lamento, mas isso a gente não aprende na escola. Já química, física, geografia e a porra do logaritmo você não aprende nunca mesmo.
(invertemos)
- Que os professores são dignos de admiração e respeito. Por aí nota-se que nossos queridos eleitos não pensam assim ou nem acredito que tiveram professores. Chatos? Até podem ser...mas dignos de respeito porque nós éramos mais chatos ainda!
- O lanche da amiguinha sempre será mais saboroso que o teu. Se trata, meu bem, senão só muda o tamanho dos ‘lanches’. Que pena que naquela época você não sabia que a amiguinha iria ficar com a bunda maior que a sua...
- Nunca durma numa excursão com a turma para zoológicos, parques ou aquelas usinas e fábricas chatérrimas. O gosto de creme dental, catchup e maionese sempre estarão impregnados nas lembranças desses passeios. E nem adianta não ir à excursão pra evitar problemas, porque o fato de nunca ter ido criará um trauma maior ainda.

Eu sempre achei que o período estudantil é o mais traumatizante de toda a nossa vida. Mas são eles que mais nos fazem aprender coisas que os livros didáticos escondem...

Angels e Balzaks

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Papo de humor duvidoso

Até onde vai a conversa numa quinta-feira cheia de trabalho a matar? Pois é, dependendo da abstinência etílica das garotas aqui, podem construir ou destruir seu humor. Dá uma sacada no papo de hoje:

Início da conversa: 14:59:19 Final: 16:24:44

Angels diz:
aí, Balzaks
Angels diz:
lindo seu post das mães
Balzaks diz:
É... lindo, lindo não é tb não
Angels diz:
ah, eu gostei tanto
Balzaks diz:
mas não é lindo
Angels diz:
vc é mal humorada kkkkkkkkk
Balzaks diz:
kkk
Balzaks diz:
vc num viu nada do meu mau humor
Balzaks diz:
mal?
Balzaks diz:
mau?
Angels diz:
mal
Angels diz:
kkkkkkkkkk
Balzaks diz:
bom humor - mau humor
Balzaks diz:
lembra do lobo mau?
Angels diz:
sim, q tem ele?
Balzaks diz:
ele não era um lobo bom
Balzaks diz:
então é mau com u
Balzaks diz:
mau humor - bom humor
Balzaks diz:
Então, eu além de maU humorada, eu sou didática...kkkkk
Angels diz:
peraí, deixa eu pensar
Angels diz:
existe uma regra pra isso
Angels diz:
bem-mal
Angels diz:
bom-mau
Angels diz:
bem-humorada
Angels diz:
mal-humorada
Angels diz:
não é boa-humorada
Angels diz:
é bem- humorada
Angels diz:
mau é substantivo...mal é advérbio de modo
Balzaks diz:
esse papo tá me deixando nada bem humorada. E com um mau humor. E aí, como se sai dessa?
Angels diz:
esse papo não tá te deixando com mau humor e sim com MAL humor
Angels diz:
e talvez com um certo MAL estar
Balzaks diz:
aff..
Balzaks diz:
mal estar tem hífen?
Balzaks diz:
hífen tem acento?
Balzaks diz:
cadê o tal do Pascoalick?
Angels diz:
cadê minha cerveja?
Balzaks diz:
que ótima forma de mudar de assunto.

Moral da história: Se a coisa complicar, me ofereça uma cerveja que meu BOM humor volta rapidão.

Reflexos de Bub's

Vendo esse texto que minha amiga desavergonhadamente postou, fiquei puta da vida! E ao mesmo tempo muito feliz por não ser essa pobre coitada dessa mãe e nem a minha mãe (a Bub's) ter sido uma, embora ela tivesse sonhado em ser.
Nunca tive uma mãe que fizesse tudo isso por mim, pelo menos não por muito tempo, mas agradeço muito por isso, pois foi essas e outras que moldaram meu perfil de mãe. Fui criada independente e meus filhos se lascaram com isso também.
Mas minha mãe me mima bastante quando nos encontramos, o que não é muito frequente, com guloseimas e massas que me engordam e me deixam feliz.
Quanto aos presentes dos dias das mães foram sempre lastimosos, coitada.
Quando pequena eu resolvia fazer festinhas a ela. Já disse aqui que desde cedo sou empreendedora e mão-de-vaca, então, eram festas com orçamentos super reduzidos, consequentemente, o bolo era no modelo pizza com cobertura de caramelo de açúcar – aqueles duros pra baralho – ficava um horror! Fazia beijinhos de coco que eu não sei pramódequê tinham cheiro de galinha e brigadeiros econômicos – você só conseguia mastigar um por festa e com o maxilar travando - E eu tinha o disparate de chamar a família toda para essas torturas. Havia também os presentes ‘artesanais’ com muitas flores roubadas e dobraduras indecifráveis, mas coloridas e com muito amor. Não pagava um décimo das minhas molecagens. Putz, hoje eu saco que mãe perdoa tudo mesmo, assim como essa história que criança não tem pecados é balela, pois pago os meus agora que sou da classe materna.
Mas gosto da função divinamente atribuída. São momentos de lágrimas de alegria, de tristeza, petelecos e croques quando me pentelham muito.
Não sou uma mãe, digamos, convencional. Eu prefiro, por exemplo, que meu garoto faça aulas de violão, judô e futebol do que catecismo (e venham as pedras!) E amaria que minha garota fosse skatista e baterista. Compro coturnos - ao invés de sapatinhos de verniz -, cd’s, dvds de desenhos, livros... Mas me esqueço completamente do apontador ou do durex colorido, exigido pela escola para algum trabalhinho. Faço momentos de leitura, de brincar de stop, futebol americano, pula-pula, guerra de bolinhas de meia, vídeos e de torturas com as minhas nóias e papos balzaquianos sobre a ‘vida lá fora’. Sou uma coroca para se alimentarem de forma saudável, mas libero o cachorro quente ou qualquer porcaria em dias de alegrias súbitas. Só quero que eles se tornem pessoas admiráveis.
Confesso que não sou exatamente a mãe que eles querem ou precisam, mas creio que os amiguinhos deles trocariam a deles por uma assim, por alguns momentos. Já eu não trocaria os meus por nenhum deles.
Quantos aos presentes, é claro que faço questão de recebê-los e estou mesmo precisada. Mas não vou nem dar uns toques, pois eu os proíbo de acompanhar esse tipo de blog. (Viu, como eu tenho um pouco de bom senso materno?). Mas prefiro os presentes inventados que os domésticos, embora um edredon, um jogo de sofá ou até mesmo um microondas faria correr brilhinhos pelos meus olhos.
Mas gostaria de deixar o meu xamego às grandes mães boas e condenáveis sociamente, como eu.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dia das Mães

Continuando nossa saga balzaquiana a falar de datas comemorativas (afinal, moramos no país dos feriados), cara editora-chefe Balzaks me pede um texto sobre ELAS, as mamães! Como eu não pertenço a essa gloriosa categoria de mulheres, faço questão que a cara Balzaks nos fale de sua sagrada experiência materna.
Mas, a título de homenagem, transcrevo aqui uma historinha cujo autor não lembro o nome, mas que ilustra a excepcional tarefa de ser simplesmente MÃE. Voilá:

“A Mãe acorda cedo, antes de todo mundo na casa. Vai à cozinha, prepara o café da manhã. Torradas para o marido, suco de laranja para a filha, leite com achocolatado para o filho. Recolhe o jornal. Separa a roupa com a qual o marido vai trabalhar, acorda a filha para que ela não perca o ônibus da escola, acorda o filho, acorda o marido. Todos saem. A Mãe lava a louça do café, dá comida para o cachorro, varre a casa, coloca água nas plantas, atende o carteiro, dá um pulinho até a feira pra comprar alface e ovos para o almoço. Prepara o almoço, faz a mesa, aguarda as crianças, recolhe o material escolar dos filhos, lembra ao marido que a fatura do cartão de crédito está atrasada, escuta as reclamações que o marido faz do chefe durante o almoço. Recolhe os pratos da mesa, lava a louça do almoço, aparta uma briga entre as crianças na sala. Vai ao banco, paga algumas contas, passa no supermercado, compra algumas coisas que estão faltando na despensa. Volta pra casa, atende a moça da operadora do cartão que está cobrando a fatura atrasada pelo telefone, limpa o tênis da filha pra ela ir à escola com ele no dia seguinte, faz um curativo no joelho do filho que acabou de levar um tombo. Ajuda as crianças com a lição de casa. Prega um botão que caiu da camisa do marido, passa roupas, fecha a garagem quando o marido retorna do trabalho. Escuta novamente as reclamações do marido, dessa vez sobre os colegas de trabalho. Coloca as crianças para dormir, conta uma história pra elas, penteia o cabelo da filha. Coloca o pijama do marido dobrado em cima da cama enquanto ele toma banho. Separa o material escolar dos filhos, quando repara que um caderno do filho está faltando. Vai até a mesa e acha o tal caderno. Abre na última página. Com um sorriso no rosto, a Mãe lê a redação que o filho escreveu cujo tema era “o que meus pais fazem?”. O filho escreve: “Meu pai é contador. Ele trabalha muito, é muito ocupado e quando eu crescer quero ser que nem ele. Minha mãe? Minha mãe não faz nada, só fica em casa”.
Angels