segunda-feira, 28 de setembro de 2009

The Flash

Algumas pessoas me criticavam, e alguns ainda persistem, por eu ter me casado duas vezes em pouco tempo de relacionamento. Sei que esses casamentos não duraram muito, apenas o tempo de montar um histórico e emagrecer alguns quilinhos (parte boa).
Os casais ditos ‘normais’ se conhecem por um tempo. Conversam sobre a possibilidade de namoram. Namoram. Namoram. Se apresentam e compartilham a família. E namoram.
Quando a família já não agüenta mais de inveja de tanto namoro descompromissado, resolvem amenizar sua amargura soltando o verbo, ou melhor, a velha ladainha:
- E aí, quando sai o casório? Casa ou não casa?
Aff... Depois de muita pressão, o casal acuado resolve comprar um terreninho para a construção da tão sonhada ‘casa própia’.
Não se pensa mais em sexo nem naquele chopinho gostoso a dois, apenas no preço do cimento. A família ferve! ‘Você já viu a promoção do jogo de quarto/sala/cozinha/sala/banheiro e o escambáu, coisas que, anteriormente, não estavam em jogo. Cai na maldita Lei de Murphy, onde temos que tentar resolver problemas que não existiam até tentarmos resolver. Putz! Isso ta me afetando!
Depois de definir vestimentas, padrinhos, palpites venenosos e casadinhos, chega o dia tal.Vestidos, paetês, gravatas cortadas, convidados murrugas, tios e tias chapadas, ressentimentos e roupas sujas em trégua, a mudança de foco de cobranças para aquela prima de 18 solteirona...
Ufa!!! E a pessoa ainda pensa em múltiplos na lua-de-mel? Cacuma, meu bem? Jamé, jacaré. Num vai rolar. Se o casal trocar de roupa já é muita disposição.
Já o casamento, junção ou rolo na fase hot e apaixonada do lance é outra história. Pulamos toda a fase problemas e vamos direto para a lua boa. Tudo funciona melhor. É muito mais fácil engolir aquele rango horrível, quando ele é preparado nos intervalos entre um amasso e outro. No caso anterior, haja Sason.
A construção do restante do patrimônio do casal é muito mais harmonioso quando se tem orgasmos múltiplos e fungadas no cangote.
E você não tem obrigações, a não ser o tesão de estar com a pessoa. Se acabar, não temos que ter dó do investimento perdido, afinal, a parte feliz aconteceu!
Eu, nos meus casamentos relâmpagos, tive meus múltiplos e fui feliz o tempo exato e na medida certa do meu investimento. Creio que tenha demorado mais para acabar do que para engrenar o negócio.
Hoje temo por essas atitudes apaixonadas. Este temor é recíproco. Sou considerada a solteirona assumida por parte da minha família, o que não deixa de ser motivo de inveja para as primas casadas e oprimidas. E eu digo um bem-feito bem redondo.
O que é o casamento para mim? Um conjunto de pós e contras. A parte pós é a parte do sexo freqüente e de dormir de conchinha. Tenho experiência o suficiente para não me iludir mais com a estória de que teremos alguém para compartilhar a vida, conversar, te deixar segura... Homem não gosta de conversa, isso já foi provado. Se você quer alguém para conversar vá ao boteco com suas amigas. E compartilhar o que? Problemas? Filas de supermercado ou aquele encanador folgado? Que compartilhar mais besta.
A vantagem de se namorar é essa. Não precisamos contar com a ajuda do parceiro, logo, não teremos decepções e DR’s pela madrugada. E sexo só com uma boa conversinha. Adoro!

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