sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ciúmes

A cura do ciúme
Neurocientistas descobrem que o sentimento ativa os mesmos circuitos cerebrais que uma dor de dente; isso abre a possibilidade de um dia resolvermos as desilusões amorosas pingando um simples remedinho...

Gente, eu me mordo. Juro! E por quase tudo, não só por cueca. É claro que, como diz a pesquisa, quanto mais maduros nos tornamos, menos pitis por ciúmes teremos.
Eu já tive alguns bem ‘baixa-renda’. Aos 16 anos eu descobri um puta de um galho na minha linda testa espinhosa. Daqueles chifres clássicos, onde você sempre é a última a saber. Dei um pau no sujeito em praça pública, na frente da garota. Vexame nível -1000.
Eu acredito ter uma espécie de sensor de traição, ou podemos chamar de sexto sentido. O livro “Os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, de Allan e Barbara Pease, explica que essa é uma sensação típica de mulheres há tempos. Como temos nossa incrível percepção ampla e sensitiva das situações, visualizamos uma fêmea (qualquer inha) ameaçadora em relação ao macho e à prole a quilômetros.
A maneira de afastá-la do teu terreno é que varia. Umas conforme o local e situação, outras devido à idade.
Aos 16 eu dava ‘bafão’, aos 18 fui ameaçada por uma garota vestida de debutante que, aproveitando de meu porre, propôs ao meu namorado de me levar embora e ficar com ele. Pra que. O coitado apanhou de novo, só que dessa vez em casa. Aos 23 anos, se eu pegasse uma garota flertando com meu moçoilo, eu subia no salto, chegava na inha e a apresentava a ele. Doava uma camisinha e saía fora. Putérrima, mas linda. Cabia ao cara se arriscar, pois qualquer atitude dele seria um perigo à população local.
É incrível como essa, agora merecidamente considerada doença, machuca a gente. Você perde sua identidade, passando a viver em função da vida de outra pessoa. O absurdo é que essa pessoa não é o ser amado e sim a calcinha-inha. Você se veste, se penteia, se maquia e o escambáu para parecer melhor que ela. Pode parecer benéfico, considerando que você acaba se cuidando mais, mas o efeito é o contrário: sua autoestima desce mais de 7 palmos no centro da terra.
Comparar o ciúme a uma dor de dente é fichinha, perto de pessoas doentes como eu e tantos outros. O ciúmes torna as pessoas histéricas e históricas. Não esquecem nunca!
É claro que não tem cura e sim abstinência e autocontrole. Você nunca deixará de sentir aquele aperto no peito, apenas vai amenizá-lo, controlar os chutes na boca da vadia e desligar o fogo que derrete o zinco. E não me chamem de louca descontrolada, que isso é assunto de outro post.
Não sei se já citei isso aqui no Papo, mas eu detesto cuecas que fingem que não percebem a criatura toda lânguida, com dedinho na boca e no mamilo, para ele, sendo que quando uma biba surge há 50 metros deles, já os deixa ressabiado, com o peito estufado, todos machões. Aff... Pra cima de muá? Jamé.
Eu quero levar uma vida moderninha, mas ainda defendo a monogamia e admito que é por puro egoísmo.
Hoje, aos meados de 30 anos, tento me controlar mais, já não penso mais em torturas nem castrações. Se sinto um inha ganhando terreno, prefiro abandonar a freguesia. Não como uma atitude covarde, apenas por preguiça e falta de saco de disputar o cara. Provavelmente terei uma overdose do santo remédio a ser formulado.
Me mordo, mas sem sair da casinha.

Balzaks

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