Monstruar de repente, em local impróprio, e ter passado por uma amiga fura-olho é uma situação que quase todas já passamos alguma vez na vida.
E nesses casos, a melhor solução para evitar esse constrangimento é andar com absorvente na bolsa e manter o senso de lucidez ativado.
No caso da fura-olho é preciso distinguir se sua amiga está querendo mesmo te passar a perna ou o seu garoto que é sacana.
Há alguns anos passei por situação semelhante. O cabra articulava horrores para ficar sozinho comigo e me cantar.
Como eu era amiga da garota, dei um tempo e resolvi abrir o jogo com ela. Dei de cara na poeira, meu povo!
A tonta estava iludidona de pica e me difamou dizendo que eu me achava A Gostosa. Foi-se anos de amizade, que eu não fiz questão de retomar. Pessoas assim não me merecem mesmo.
Será que não temos amigas de verdade, que podem dar suas mancadinhas humanas, mas que não fariam algo que nos magoassem?
Temos. E merecemos esses amigos!
Já vi pessoas apaixonadas pelo namorado/marido de outra, pensar direito e definir suas prioridades. Como também, confesso, já dei uma furadinha e garanto que não compensa a saliva gasta e a bigorna na consciência.
Quem você não dispensaria em datas especiais? Aquela cerveja vitoriosa é dividida com quem? Com seus pobres amigos.
Claro que já passei pelo contrário da situação, onde minha amiga ficou com meu garoto. O que fazer?
Dá um baque desgraçado na hora. Respirei fundo. Dei um tempo para seu ego. Penteiei os cabelos, passei um bom batom e fui resolver com a pessoa.
Eram dez anos de relacionamento! Não podia jogar fora.
Quis saber todos os detalhes, por mais minuciosos possíveis, para não ter que passar por torturas imaginando como foi.
Relatei tudo o que estava sentindo desde então, em seus mínimos detalhes também.
Deixei claro que nunca iria esquecer do episódio e que nunca mais teria perdão novamente.
Perdoei. Não me arrependo.
Somos amigas até hoje e acredito que por muitos anos mais.
Foi ótimo ela ter me ajudado a me livrar dele, antes de descobrir que era perda de tempo depois de dez anos.
Balzak