quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pêlamor, hein?

Bom, hoje vou falar de um assunto não muito comentado entre as pessoas normais, mas que tem uma grande relevância, principalmente para nós, calcinhas: os PÊLOS, ou, na definição do dicionário, produção filiforme à superfície da pele dos animais e em algumas partes do corpo humano. E aqui faço uma observação. Não são algumas, são muitas partes do corpo humano que são “agraciadas” pela presença dos ditos-cujos.

Os pêlos (e principalmente a ausência deles), com ou sem acento, entre outros aspectos, é um elemento essencial para diferenciar o ser cueca do ser calcinha.

Em outras palavras, homens são naturalmente peludos (e isso é normal e até atraente para algumas) e mulheres devem, por sua vez, ser totalmente lisinhas, mesmo que artificialmente.

Portanto, nós, mulheres, retiramos o máximo de pêlos possível da nossa superfície da pele, com a finalidade de ficarmos mais diferentes do ser macho e consequente mais bonitas e atraentes aos mesmos.

Ocorre que, o processo de retirada dos pêlos em si, é algo extremamente desagradável, dolorido, e por vezes, muito caro. As opções não são poucas: há a prática lâmina, vulgarmente conhecida por gillete, que é rápida e por sua vez, não dói, porém tem o inconveniente de não durar nada. Ou seja, no dia seguinte, cara colega, você estará toda ouriçada e se enroscando na roupa.

Aquele creme fedido que dissolve os pêlos também tem o efeito pouco duradouro como a lâmina, e além de ser fedido, como eu disse, custa caro e detona com a pele.

Aí vem a opção mais torturante de nós, calcinhas. A depilação com cera, que tem o efeito mais durável, porém, dói... dói pra cacete. Dói mesmo. E não é baratinho não.

Irrelevante citar a depilação a laser, que não custa caro, custa caríssimo, e não se iluda, não é eterna, dura alguns bons meses e só.

Mas o que eu acredito que mais incomode a nós, calcinhas, é a entressafra, ou seja, aquele interstício de tempo entre uma depilação e outra.

Sejamos sinceras: há duas ocasiões em que a depilação se faz necessária: quando você vai usar roupa curta e/ou biquíni ou quando você vai dar pra alguém.

E aí que mora a dúvida. E se aparece um evento desses (ou os dois ao mesmo tempo) e simplesmente não dá tempo de depilar (nem com lâmina)? A solução seria manter-se eternamente depilada? Será que vale a pena investir tanta dor e grana em uma época de inverno (que você só usa calça comprida) ou de seca (que ninguém te pega)? Será?

Uma vez vi uma comediante de stand-up dizer que uma depilação feita sem dar é desperdício de dinheiro. Realmente, dá uma raivinha deixar o que fica escondido em ordem e devidamente aparado e manter tudo escondido e sem uso.

Mas aí vem mais uma dúvida. E se a gente desencana e não depila e de repente aparece aquela oportunidade repentina? O cueca tem que usar uma foice (ui) edar uma de bandeirante, desbravador de selvas? 

O importante é ter na mente que mulher peluda é muito, muito feio. Um bigode de Frida Khalo, uma perna do Tony Ramos ou uma mata nos países baixos de Vera Fischer deixam qualquer beldade um nojo. Portanto, depilar-se é mais do que necessário, é obrigatório.

Bom, eu tento manter tudo ok. Minha depiladora agradece, morro de dor e fico mais pobre. Literalmente, lisa.

Angel

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ECA

No dia 13 de julho deste ano foi comemorado os 10 anos da criação do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente -. E, olha que a lei ‘pegou’, como poucas em nosso país.

Hoje, com todos os direitos impregnados nas cabecinhas de nossos pequenos e grandes guris, ninguém mais respeita ninguém.

Não que eu seja a favor de espancar as crianças, mas porra, dá meia-dúzia e os pimpolhos já nos ameaçam (isso mesmo!) de chamar o conselho tutelar e tudo mais caso nós, adultos, não nos comportemos convenientemente.

Eu já apanhei muito quando criança, o que foi muito merecido. Trabalho desde os 4 anos de idade e hoje sinto explorada. Não fiquei com traumas de surras e trabalho. Algum de vocês, balzaquianos, ficaram?

O tal do professor é outro que sofre na mão desses carinhas. Não tirou nota? Vou falar ‘pras toridades’ que você me bateu e me disse coisas que pode comprometer meu futuro psíquico e ainda mandam tomar no cu.
Notas também são coisas retrôs, pois ninguém precisa delas. Como se o mundo não nos reprovasse.

Na primeira ameaça que meus filhos fizeram já joguei na lata: “Ah, é? Tu conhece direitinho como funciona a Casa Arco-Íris? Quer conhecer?”. Amuaram.

Concordo que um bom bate-papo resolve muitas coisas e trás resultados mais consistentes e duradouros. Mas, dependendo do caso, se o resultado não vem por respeito, terá que vir por medo. Mesmo porque esses resultados são a favor dessas crianças e adolescentes.

O engraçado é que você não pode dar uns tapas no serzinho petulante, mas quando ele crescer mais um pouco e fizer merda, o Estado (policial) pode matá-lo.

Você tem que ser moderna o bastante para considerar exploração infantil se você colocar teu filho ou filha de 13 anos para lavar louça e lhes oferecer camisinha para dar/comer o coleguinha na escola?
A exploração será se tua filha não estudar e ter que lavar meia suja de um macho qualquer ou ver teu filho lavando louça e privada num boteco fuleiro.

Salvo alguns casos, é isso que vai acontecer se eles não adquirirem a noção de disciplina e respeito.

Aliás, o nome da defesa deles já diz tudo: ECA!


Figura meramente ilustrativa
 
Para me dar uma coça de responsa, me denunciar para o Conselho Tutelar ou se justificar me chamando de ‘bambi espancadora de criancinhas’: balzaquis@gmail.com

Balzak

terça-feira, 14 de setembro de 2010

É DO CASSETE!!!

Falando um pouco mais de música, me recordei de um objeto que, durante muitos anos, foi a minha maior fonte musical. A fita cassete. Eu sei que parece definição de civilizações aborígenes de séculos atrás, mas sim, em um passado não tão distante, as pessoas não baixavam músicas pela internet. Elas compravam discos de vinil, ou aqueles que eram mais práticos ou mais duros (que era o meu caso), compravam ou gravavam suas músicas em fitas cassete.



A minha memória mais remota de uma fitinha dessas é de umas fitas do Chico Buarque que minha mãe mantinha no carro. Quando ela ia dar aquela voltinha estratégica à noite pra gente dormir, eu pegava no sono ouvindo Chico e Bethânia cantando “Quem te viu... quem te vê”. Além dessa fita, que era minha preferida, mamãe tinha uma caixa enorme cheia de fitas dentro do carro (não tinha aquela moleza do case de CD, tinha que carregar aquele caixotão pra cima e pra baixo), onde se encontravam muitas fitas do Chico, do Roberto Carlos e até (pasmem) do Wando e do Emilio Santiago (tomara que minha mãe não saiba que publiquei isso).



Pouco tempo depois, lembro de uma fita da Madonna que minha prima tinha. Na época eu dizia que gostava mais da Tina Turner pra parecer diferente, mas na verdade eu adorava ouvir “Like a Prayer” (aquela do clip do Jesus negão gostosão) mil vezes.



Na pré-adolescência, comecei um hábito que se arrastou por vários anos. Gravar fitas. Tinha “seleções” gravadas, de rock a lambada. Emprestava fitas de amigos e gravava. Quase não existia CD naquela época, e os poucos que existiam eram caríssimos e não chamavam CD, e sim, laser (lembra disso?).



Lembro de uma das fitas de lambada que eu fiz que perdi na escola (ou me roubaram, gente de mau gosto), num campeonatinho de lambada que organizamos (por favor, esqueçam que um dia eu participei de campeonatos de lambada!).



Depois dessa fase tosca, dei uma melhoradinha no meu gosto musical. Comecei a querer ser grunge, e gravava dezenas de fitas do Nirvana, do Pearl Jam, do Mettalica e do Guns n’ Roses (eu era apaixonada pelo Axl). Também tinha minhas preferências pelo rock nacional, e Legião Urbana fazia parte da fase “adolescente que quer cometer o suicídio”. O problema é que “Faroeste Caboclo” ocupava quase um lado inteiro de uma fita.



Logicamente coloquei um pezinho na era “dance”, e ouvia Double You e Cheyenne (“Provocame, mujer, provocame”). Continuando no brega latino-americano, fitas da Shakira cantando “Estoy aqui” estridentemente faziam um mega sucesso entre as meninas.



Tive também minha fase de comprar fitas de trilha sonora de novela. Minhas preferidas eram a Tieta (cuja música-tema era do Luiz Caldas, quase um Beto Barbosa) e a trilha internacional de Vamp, que tinha uma foto da Luciana Vendramini na capa. Destaque pra “Love Hurts” numa versão cafona da Cher e “I’ll remember you”, do Skid Row, uma bandinha tosca mela-cueca que eu gostava porque o vocalista (Sebastian) era um loiro cabeludo parecido com o Axl Rose.



Mas legal mesmo era gravar fitas do rádio. Ficava tardes inteiras esperando tocar alguma música que eu gostasse nas FM’s e ficava puta quando o locutor falava no meio ou no finalzinho da música. Acabava com a minha arte de gravar com perfeição. Hoje em dia não tem graça nenhuma procurar um arquivo e fazer em segundos o download. Gostoso mesmo era esperar a tão sonhada música tocar na rádio, ou chegar ao cúmulo de ligar na rádio pra pedir aquela música que faltava na sua seleção.



Logicamente, as fitas tinham seu inconveniente: volta e meia enroscavam, e se viravam metros de fita inútil. O barulhinho da fita enroscada no cabeçote anunciava o “xiii, fodeu” da fita. Era triste quando isso acontecia. A galerinha “do mal” dizia que chá de fita deixava doidão, mas eu sempre tive medo de experimentar (ainda bem, né?) e simplesmente jogava tudo aquilo fora.



Passou um tempo e as fitas simplesmente sumiram de circulação. As minhas fitas mesmo, nem sei qual foi o paradeiro delas. Devem estar em algum lixão poluindo o meio ambiente ou guardadas em alguma caixa nos cafundós de algum guarda-roupa. Seria engraçado imaginar o Kurt Cobain dividindo espaço com o Wando eternamente. Enfim, esses tempos não voltam mais, nem apertando o REW.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A música da sua vida

Recebemos esse meme musical que consiste em escrever trechos de músicas que representam determinada situação. Achamos legalzinho  e resolvemos partilhar. Estão convidados a responder sua versão e nos enviar por comentários.

Versão Angels

1 – Se eu pudesse ser alguém – Garota Puro Êxtase (Barão Vermelho)

2 – O que significa o amanhã – “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído” (Titãs)


3 – Qual o seu estilo: “Mulher de fases “ – (Raimundos)


4 – Como é seu relacionamento com seus amigos? “Whenever you're in trouble won't you stand by me, oh stand by me...”  (Beatles)

5 – Descreva sua relação com o mundo: “Vivendo e não aprendendo” (IRA!)


6 – Faça um desejo: “I want to love you madly” (Cake)


7 – O que é o amor?: “The sweetest thing” (U2)

8 – Qual a opinião dos outros sobre você: “Venenosa, eeeee...erva venenosa” (Rita Lee)

9 – Um lugar perfeito pra ficar: “Tarde em Itapoã” (Vinícius)


10 – O que vc pensa sobre si mesmo? – “Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher. Sou minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina, mas sou minha, só minha e não de quem quiser!” (Renato Russo)


Versão Balzak:

1 – Se eu pudesse ser alguém: "Garota Nacional" (Skank)

2 – O que significa o amanhã?: “Menina, amanhã de manhã quando a gente acordar quero te dizer que a felicidade vai desabar sobre os homens”. (Menina, amanhã de manhã – Tom Zé


3 – Qual o seu estilo? “Eu ouço sempre os mesmos discos. Repenso as mesmas idéias... “ – Uniformes (Kid Abelha)


4 – Como é seu relacionamento com seus amigos? “Vamos embora, prum bar. Beber, cair, levantar... “ (Nem sei)


5 – Descreva sua relação com o mundo: “Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”. (Guilherme Arantes?)

6 – Faça um desejo: “Moreno alto, bonito e sensual” – Amante Profissional (Paralamas do Sucesso).

7 – O que é o amor? “Simples e suave coisa, suave coisa nenhuma, que me amadurece." – Amor (Secos & Molhados)


8 – Qual a opinião dos outros sobre você? "Você desfoca, sai do tom, se perde e não vê, que a confusão começa dentro de você. Disfarça, acha graça, desmonta e sorri Não aguenta o peso dessa máscara que esconde você..." – Você (Chicas)


9 – Um lugar perfeito pra ficar: “Babylon” (Zeca Baleiro)


10 – O que vc pensa sobre si mesmo? “Não sou freira, nem sou puta...” – Pagú (Rita Lee e Zélia Duncan)