terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Confissões de uma gata (Parte II)

Queridos leitores humanos, eis-me aqui novamente, lançando meu desabato.

Vocês não sabem o que eu tenho passado. Como se já não bastasse tudo o que eu já relatei no post passado, Balzack me apronta mais uma: arrumou uma pestiada de uma gata que, segundo ela, amoleceu seu coração... Aff... como se ela tivesse um.

A única coisa de nobre que a bicha possui são as cores de seu pelo, brancos e pretos. Mas em nadica de nada lembra a sedosidade e extensão dos meus. É aquela coisa ralinha, miúda e humilde, para combinar com seus olhos esbugalhados, efeitos de uma barriga imensa, cheia de vermes.

Ah... os vermes! Essa parte eu me dobro de rir das balzacks-mãe-e-filha apanhando para fazer aquele serzinho engolir os vermífugos. Ô, prejú.

Outra coisa que eu me deleito é saber seu nome: Panqueca! Porra, esse povo só pensa em comer? É Fubá, Farofa, Panqueca...

Não sei como os balzacks-filhotes não se chamam chucrute (ele é alemãozinho, mas até me apetece) e lazanha (Felícia do baralho). Para aquela vira-latinha idosa ela pôs aquela breguice: July. Mas pelo menos é meigo!

Vocês podem até achar que é um exagero, mas a tal da gata-verme é muito desprovida de encantos. É uma vergonha à espécie. E, literalmente, ela está ‘cagando e andando’ pra isso. E a Felícia que limpa. Adoro!

Tenho esperanças que um dia ela se aprume e se esforce por um certo porte elegante. Não quero ser a vergonha do pântano.

O foda é ver aquela coisa comendo no MEU prato. Nojo 3x! Balzack não come no mesmo prato nem de seus pimpolhos. Nem para ser romântica com seu cueca-dono-de-fim-de-semana. O que a faz pensar que eu posso?

Depois fala de igualdade. Demagogia pura!

Ai, Paris, me salve!

Te aguardo, estendida em minha chaise longue.

Cherry

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

GAROTA TATUADA


Ok, fiquei com invejinha da querida amiga Balzacks e também fiz a minha tatuagem. \o/. Foi só a primeira de algumas que eu pretendo, e me pergunto por que até hoje eu não tinha nenhuma tattoo pelo corpo.

Como tomei essa decisão? Sei lá, vi alguns amigos com tatuagens legais, comecei a achar mais charmosos homens tatuados, tenho amizade com alguns profissionais dessa área muito talentosos, enfim, uma conjunção de fatores.

Fazer uma tattoo foi uma decisão que eu não tomei de rompante. Já fazia algum tempo que eu tinha essa vontade, mas não fazia idéia do desenho que eu queria. Confesso que não faz muito tempo que comecei a gostar de tatuagens. A princípio eu achava muito legal nos outros, mas pensava que não combinava comigo e com minha profissão careta, que era uma coisa definitiva demais e poderia enjoar, que quando eu ficasse velha ia ser estranho, que minha mãe ia me botar pra fora de casa, enfim, era cheia daquelas idéias pré-concebidas que geralmente não fazem o menor sentido.

Quanto à minha tattoo, particularmente, (é essa aí que vocês tão vendo na foto) eu gostei muito e acho que combinou comigo sim. A escolha foi feita meio que por eliminação. Eu já sabia o que NÃO queria fazer: estrelinha, borboleta, golfinho, flor, dragão, fadinha, enfim, nada contra, mas acho que são desenhos meio óbvios e sem muito significado, e eu queria fazer algo mais marcante.

Partindo desse pressuposto, tomei a decisão que eu queria fazer algo em preto, acho lindo tattoo colorida, mas o preto é um clássico e eu gosto muito. Escolhi, portando, este desenho, que é a versão estilizada de uma árvore da vida da cultura celta, que significa que a vida é um ciclo sem fim. (e não é mesmo?). Conversando com o tatuador que se tornou meu amigo (excelente profissional, um artista, se vocês quiserem passo o contato), ele me explicou que os celtas usavam esses símbolos como proteção. Achei tudo de bom, e como disse um amigo meu, “agora você tá com o corpo fechado”. EBA!

E, no mais, só recebi elogios. Minha mãe, pasmem, adorou, minha chefe também (pra provar que tatuagem não faz ninguém perder o emprego). Meus amigos todos elogiaram muito. No geral, a mulherada fica meio surpresa, acha que eu sou meio doida de fazer um desenho tããão grande (nem é grande, né?). Mas pra esse tipo de pessoa eu recomendo a estrelinha no pulso e a borboleta na nuca, não comprometem. Os homens, unanimidade, adoraram! E obviamente que eu quero mesmo é ser elogiada pela macharada!

Enfim, estou muito feliz e AMEI minha tattoo. Tanto que já estou programando a próxima. Mas, calma! Vai demorar um bom tempo pra eu fazer outra, talvez nem faça, enfim, um projeto futuro.

É como dizem todos os tatuados que eu conheço: ISSO VICIA!!!

Angel

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mulher-Cazuza

Meninas, sinto o cheiro de um insight roçando a janela. E costurei uma gigante, uma calorosa, uma planetária verdade: tudo é cíclico! Sim, ora vejam só… A moda, os amores, o planeta. Tudo cíclico. Indo e vindo. Digo isso tudo porque venho notando o retorno do jeito Cazuza. Vocês conhecem a mulher-Cazuza? Aaaaaaahhhhhhh! A mulher-Cazuza! É aquela que grita, que vira o prato, que alavanca o dedo na cara, que reclama sempre, que diz “eu sou muito intensa”. Ela é uma TPM sem fim.

Ela é a pior ex que existe, a mais insuportável namorada. Garotas, garotas. Venho mesmo notando um crescimento de 24% nas síndromes das meninas-Cazuza. É só olhar em volta. E devo dizer: tenho medo dessa gente teatral. Vocês querem saber por que elas atraem tanto os homens? Eu direi: elas não atraem. Elas enganam. A gente é burrinho! À noite, na caça, sob a pressão de uma sexta-feira solitária, um rapaz é capaz das maiorias miopias.

As mulheres-Cazuza levam vantagem sobre você porque chamam a atenção. Elas são capazes de deitar no chão numa festa, de falar mais alto que o DJ, de tomar iniciativas. Num primeiro momento, uma doidinha tem um tipo único de atrativo: sexual. Atiça a nossa vontade de transar com muito tesão e ousadia.

O problema é que depois que a gente transa com muito tesão e ousadia, o tesão e a ousadia perdem importância. Sobra um Cazuza pra aguentar. Todo sujeito guarda na cuca um arsenal de desculpas e mentiras para despistar a Cazuza na manhã que sucede a transada com muito tesão e ousadia. Vai do telefone errado à dor de barriga.

O ponto é: não almejem ser mulher-Cazuza. O segredo do seu poder é simples: elas metem medo. E homem é medroso. Homem paga dois Impostos de Renda para adiar um fim. Homem não sabe dar fora. Homem se apega à crença de que o universo, de alguma forma, vai se encarregar de fazer isso por ele. Donde se mete debaixo das cobertas e lança a sorte ao vento – o que quer dizer que ele não vai atender às ligações, vai responder e-mails com monossílabos e negará sempre que haja algum problema.

Mas anote: na hora do docinho, homem não gosta de Gardenal nem de Lexotan. Homem vai de jujubinha e caramelo de coco.”

Texto: Por que garotas tarja-preta (as depressivas e barraqueiras) atraem os homens? extraído do site da Marie Claire
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Nunca fui de ler Maire Claire, mas achei ao acaso esse texto de algum cueca não identificado na seção Fale com Ele (respostas masculinas para dúvidas cruéis – um luxo esse slogan) e, infelizmente, identifiquei-me com esse tipinho de mulher-Cazuza. Mas graças a um coquetel de porradas na vida e doses de simancol, abandonei essa carreira (sem trocadilhos).
 

Peço permissão ao autor para acrescentar algumas observações de uma ex-mulher-Cazuza. Vem comigo, que no caminho eu te explico:

Não devemos esquecer que trata-se de uma carente profissional, de hipócritas querendo ser artistas, levando uma vida louca vida, um subproduto do rock.

Amanhecem com olhos-panda grudados numa bigorna descabelada. Tão vazia e negativa quanto seu saldo bancário. São calcinhas exageradamente desesperadas pela sorte de um amor tranqüilo e repartir um caramelo de coco.

São pessoas que dentre tantas opções, escolheram a pior. Só para punir a ousadia de sonhar. São covardes e com uma quase que irremediável baixa auto-estima. Como se tudo o que realmente almeja não lhe seja merecido. Por que a gente é assim?

Felizmente esse teatrinho acaba por não convencer ninguém, nem mesmo a ela, e a vida dá um jeito de forçá-la a sair do palco. Uma vez fora desse palco, só o que resta é viver de verdade, com problemas, pessoas e amores reais.

Essa foi a minha escolha. Escolhi ser feliz.

Obrigado, mulher-Cazuza, por ter se mandado e ter me condenado a tanta liberdade.

Balzak

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Confissões de uma gata

Olá pessoas trintonas desse blog.

Sei que não sou daqui, mas estou aproveitando que a dona do blog está largatando no sofá para lançar meu desabafo.

Sou uma gata. Segundo Balzacks, sou seu pet. Aff... Ela não entende nada.

Há dois anos fui abandonada na rua da amargura e, por uma lástima, Balzack me achou. Devia estar de TPM, pois se sensibilizou e me levou embora.

Coitada, bate no peito se dizendo experiente e não sabe diferenciar um pinto de uma perereca de gata.

Fui considerada macho por 2 anos, até o dia em que sofri um aborto. Penso que minha ‘dona’ me imaginava um garotinho virgem e eu borboletando todos os gatinhos do pântano.
E como toda fanfarrona, minha ‘dona’ me batizou de “FAROFA”. Isso mesmo, F-A-R-O-F-A.

Vocês repararam em minha pelagem, meus olhos e meu porte clássico? Eu não tenho nada a ver com farofa. Ela que vai chamar os amiguinhos dela de boteco com esses nomes tupiniquins, bacaninhas, brasileirinhos... Eca.

Outra coisa que me tira do sério é o povo querer ficar me alisando. Aiiii, fala para eles que isso é nojento. Não suporto cheiro de humanos!

Fico horas me lambendo para manter meus pêlos em ordem, para vir um sujeitinho para bagunçar tudo. E vai saber quando foi que o indivíduo lavou as mãos!

Não sou uma cadela que abana o rabo para qualquer possibilidade de afago. Eu me valorizo. To pouco me fodendo se os humanos são carentes e acham que eu também devo ser. Eu não me descabelo (ou despelo?) por assuntos banais, contanto que minha comida esteja boa e minha água fresca.


Meu sonho é que essa raça inferior reconheça meu modo perfeito de vida, ser chamada de Cherry e me mudar para Paris.

Não me conformo em não poder comer Whiska’s de salmão e não ter uma cama Box só para mim, pois acho uma falta de respeito eu ter que dividir a minha com uma infinidade de humanos que se revezam nela: Luana, Lucas, Pablo, vovó, vovô... Isso quando não é emprestada a pessoas que nem são da família. Odeio essa coisa de partilha, esses coraçõs fraternais deixam meus olhos opacos!

Não somos todos egoístas, como dizem, só não gostamos de zona. Fora que humanos podem deixar pêlos nos lençóis.

Putz, Balzack levantou. Vou lá com carinha fofinha, fazer um social para ver se descolo um lanchinho diferente para hoje.

Kisses, humanos ociosos.

Cherry.

PS. : Se liga, Angels:  EU TAMBÉM TE ODEIO. SUA FRESCA!


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ô judiera!

Pessoas, estou com os olhos marejados em ver o sofrimento e a dor de cotovelo dessa pobre criatura, a coitada da Manu Gavassi.

Como pode uma pessoa expor sua cornice na net? É muita raivinha para uma pessoa aprentemente doce como ela.

Minha curiosidade aguçada tenta imaginar o ritmo dessa música, uma vez que só conheço a letra, que se encaixa em qualquer gênero musical.

Os melhores trechos da música ou oq ue gostaríamos de cantar em coro a ele:

"Continue no seu mundinho colorido. Iludindo as pessoas e se arrepender."

"Acho que você se confundiu. E errou de profissão" - me conte algo que ainda não sei ...aff

"E quando ele escrever canções pra você. Minha dica é correr"

É... fica a dica: CORRA!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vovó Angels

Brasil, fevereiro de 2.046. Angels, uma senhora conservada de 65 anos (não confessos) está suando a camisa em sua bicicleta ergométrica computadorizada de 47 funções, tendo a inútil esperança de que aquele aparelho irá recuperar seus anos perdidos. Ilusão porque nem as muitas plásticas conseguiram essa façanha. Eis, que, no meio de seu treino, é interrompida por uma mocinha esbelta de cerca de 16 anos, sua neta:

Neta: Vovó, posso te perguntar uma coisa?

Angels: Até pode, se parar com essa maldita mania de me chamar de Vovó. É Angels! ANGELS, PORRA!! Tenho cara de velha por acaso, Maria Vitória?

Maria Vitória: Tá bom, vó... quer dizer, Angels. Mas posso te perguntar?

Angels: Agora que interrompeu meu sppining, pergunta logo!

M. V: Então... mas não sei se você vai poder me responder isso... deixa eu fechar a porta pra mamãe não ouvir... a pergunta é sobre... humm... sexo (sussurrando).

Angels: SEXO? Puta que pariu, Maria Vitória, uma cavala de 16 anos nas costas que nem você não sabe o que é sexo? Faça-me o favor!!!

MV: Então, saber eu até sei, né? Já ouvi falar, mas sabe como é, já faz 5 anos que o Governo proibiu a prática do sexo... reprodução só in vitro, política de controle de natalidade, erradicação de doenças, e dizem também que foi abolido o sexo depois que nasceram aquelas aberrações do tempo da mamãe, tipo Restart, Justin Bieber... tem até lei proibindo isso, vó, ops, Angels. Mas o Carlos Adriano, meu atual namorado virtual, disse que queria fazer comigo. O que eu faço?

Angels: Eu quero que o Governo se foda!! Vai falar de lei pra mim? Que me aposentei como advogada, vendo as leis servirem de papel higiênico?!?!? Para com isso menina. Vai lá e trepa com esse moço virtual de nome escroto logo! Inaugura logo essa área de lazer! Ô geração de gente cuzona, viu? Vem cá que eu vou te dar umas camisinhas que o seu vôdrasto comprou de um traficante de Miami...

MV: Mas vó Angels... você e o vôdrasto fazem sexo? De verdade? Assim como você fazia com meu avô verdadeiro quando nasceu a minha mãe?

Angels: Mas é claro!!!! E a troco de que você acha que seu vôdrasto paga as minhas contas, minhas viagens, minhas plásticas, meu personal trainner gostosão??! Se liga, garota!!! Vou te contar, viu... Tudo bem que ele é tradicionalista... ainda tá no tempo do remedinho azul, difícil de achar e caro pra cacete... Traficante internacional mete a faca na terceira idade!!! Mas nesses tempos de vida assexuada, minha filha, umazinha mensal é mais que lucro!

MV: Tá bom, vó... Vou falar pro Carlos Adriano que eu faço sexo com ele... Mas se na hora eu tiver alguma dúvida., posso te ligar para perguntar como faz?

Angels: Mas só me faltava essa!!! Vai lá e dá logo pro rapaz e não enche mais meu saco!!! Mas não fala nada praquela mala da sua mãe, depois ela fica falando que eu sou má influência! Ah, outra coisa: antes de ir, pega aquela garrafa com um líquido marrom que eu guardo no guarda-roupa. É meu remedinho.

MV: Mas vó!!!! Mamãe já falou para você parar de tomar whisky escondido!!! É proibido... já faz 8 anos que o Governo criou a lei seca e.....

Angels, pensativa, volta pro seu spinning: “Puta que pariu! Se eu não posso mais trepar nem beber, melhor seria se eu caísse morta! Oh, tempos difíceis!”

Angels