Após inúmeros pedidos, voltamos com a desculpa esfarrapada de tempos turbulentos com casa, cachorro, estudos e projetos a serem realizados. Tudo balela! Não fizemos de nada tão útil nesse tempo todo a não ser tomar umas, falar de possíveis posts e engolir a ideia com o engov e o eno no dia seguinte.
Pensando nisso, resolvi revelar ou mesmo ressaltar aos íntimos minhas virtudes ou a ausência completa dela. Nossa! Sua vida vai mudar depois disso!
Costumo dizer que sou uma pessoa fácil de dar e difícil de lidar.
A dica básica para manter um bom relacionamento comigo, em todas as áreas, é bem simples: nunca me contrarie.
Posso reagir de 3 formas: Fico irritadinha, fico puta ou saio da casinha.
O restante do tempo eu sou calma, ponderada, mas quando me espalho ninguém me junta.As irritadinhas básicas:
• Erros de português – não sou nenhuma pasqualete, mas só dou atenção aos operadores de telemarketing até aparecer um gerúndio. “Vou estar fodendo a língua portuguesa, sim, qual o pobrema?” Outro termo que ofende é o tradicional “Perguntar não ofende”. Ahhh, pergunta pra sua mãe quantas picas ela já provou pra ver se ela não fará ‘qüestã’ de deixar essa ofensa dolorida pra você.
• Vendedores me irritam muito, principalmente quando vem com intimidade, já chamando pelo diminutivo do nome, como se eu tivesse dado confiança. Gerente gato de banco não te dá essa moral.
• Palmas, assovios, fungadas, espirros escandalosos e uma eternidade de coisas me irritam. E muito.
O que me emputece já são coisas mais morais:
• Dormir de conchinha me irrita, principalmente quando o indivíduo é mutante: passa de tigre a polvo retumbante. Cara, faz o serviço e rapa. Ou no mínimo, vire e durma. Não era esse o combinado? Quem foi a cretina, carente e mal amada que te convenceu que tem que ficar grudado na mina depois do coito. Seja confiante, rapaz! Se teu desempenho foi bom, ela não vai fugir antes do amanhecer. Depois querem que acordemos com cara de novela, depois de esmagada e imóvel durante toda noite, onde a única coisa que dorme são suas pernas e braços.
• Me segurarem quando estou saindo. Aff... Parece que estão limitando minha liberdade. Algo inconstitucional. Isso e levar alguma mordida faz com que meu sangue inflem as veias e faz com que a violência se torne inevitável. Dou porrada mesmo. Mesmo correndo o risco de apanhar feio. Foda-se.
• Periguetes: nada contra se vestir a vácuo, blusinha marca texto e sandália de acrílico, mas não emburrece que me emputece. Assuma teu jeito libertário de viver e, principalmente, exija e mostre respeito. Não venham com nhen nhen nhen de que os homens são todos cachorros, pois quem se nomeia, aceita ou age como cachorra são vocês. Quem procura príncipe tem que ter sangue azul, não abanar o rabo. E deixe meu ‘píncice’ de boa pra não conhecer meu lado negro:
Quando saio da casinha:
Fuja para as montanhas! Ou tape os ouvidos. Não sou tão perigosa assim. Mas a cada dez palavras (proferidas lentamente e impregnadas de veneno) vinte serão palavrões. Não economizo muito nessas horas.
O meu problema e não esperar o prato esfriar pra dar aquela vingadinha.
Assédio moral, injustiças e falta de reconhecimento me chuta da casinha também. E é a parte onde nunca podemos fazer nada. Não é conformismo, é falta de fé na raça humana mesmo.
Maltratar os bichinhos também, embora caia em contradição, pois adoro uma picanha.Aff... muita coisa faz com que exploda, dá até ódio de lembrar.
Outra coisa que me enfurece é exatamente quando saio da casinha e o ser sacaneador solta o clássico: ‘Tá de TPM, bem?’Pois é, eu estou.
E vocês, o que tiram vocês do sério? Se é que vocês são sérios...
Balzak
Dúvida: 'Putice' existe? |